Prestes a ser vendida pelo Governo Federal, a Celg continua gerar polêmica. Desta vez, o ex-governador e Iris Rezende Machado, liderança de peso do PMDB, questionado em entrevista ao Diário de Goiás, destacou que a venda da Celg é um retrocesso.
O peemedebista avaliou que pode representar problemas no desenvolvimento do Estado, a partir do momento em que a estatal estiver no controle da inciativa privada.
“Digo isso para mostrar que a Celg é muito importante para Goiás. O dia que as Centrais Elétricas de Goiás estiverem nas mãos de terceiros, ou da iniciativa privada, nós vamos experimentar um retrocesso muito grande no desenvolvimento de Goiás”, afirmou.
Ao ser perguntado pela reportagem se já conversou com o presidente interino da República, Michel Temer (PMDB) e se teria pedido a ele que a União não privatizasse a Celg, Iris apenas respondeu: “Ele está assumindo estes dias, tudo tem a sua hora, tudo tem o seu tempo”.
Iris Rezende ressaltou que a Celg é muito importante para Goiás. Ele se lembrou de quando o presidente da República era Fernando Henrique Cardoso e o candidato dele para a eleição seguinte era o atual ministro do governo Temer, José Serra (PSDB).
Iris argumentou que aquela época o único pedido que havia feito era que a União não privatizasse a Celg, mas durante a campanha, destacou que foi surpreendido com a publicação de uma Medida Provisória.
“Eu entendo que quando se fala em Celg, nós temos que pensar em Goiás. Do meu ponto de vista, eu rompi uma vez com Fernando Henrique, quando era presidente da República, quando ele assinou uma medida provisória a pedido do atual governador federalizando a Celg, e quando eu apoiei o seu sucessor, candidato José Serra, foi o único pedido que fiz a eles, que não aceitassem o atendimento do governo de Goiás, que queria a federalização. Porque antes experimentamos um momento difícil quando o governador publicou um edital vendendo a Celg, nós aqui nos reunimos, fizemos uma pequena coleta, contratamos um advogado e derrubamos na justiça a privatização, a venda da Celg, quando decidimos apoiar o Serra foi o único pedido que eu fiz, e eles assumiram o compromisso comigo. E, de repente, faltando 30 dias para as eleições, olha a Medida Provisória, aí eu rompi com tudo”, relembrou.
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