09 de agosto de 2024
Tecnologia • atualizado em 13/02/2020 às 09:38

iPhone de US$ 999 é recebido com ceticismo

O vice-presidente da Apple Phil Schiller apresenta os novos modelos de iPhone e seus preços, ao lado dos antigos SE, 6 e 7.
O vice-presidente da Apple Phil Schiller apresenta os novos modelos de iPhone e seus preços, ao lado dos antigos SE, 6 e 7.

O mercado recebeu com certo ceticismo o aguardado anúncio, nesta terça (12), do iPhone X, que quebra paradigmas de preço (custa a partir de US$ 999) e de tecnologia para produtos da Apple.

As ações da empresa fecharam o dia em queda de 0,42%. Elas vinham em alta até a Apple anunciar a data de lançamento do iPhone X -ele chega às lojas apenas no dia 3 de novembro.

Começando em US$ 999, o valor está acima do padrão. Em setembro de 2016, o iPhone 7 chegou ao mercado com preço inicial de US$ 649.

Os lançamentos costumam ocorrer no fim de setembro, data em que os iPhones 8 e 8 Plus, os outros dois modelos anunciados nesta terça, chegam às lojas -não há data prevista para o Brasil. Mais baratos, eles têm memória RAM menor e menos recursos de inteligência artificial em relação ao X.

O lançamento tardio do iPhone X gerou questionamentos sobre a possibilidade de a empresa ter problemas com o fornecimento do produto. Além disso, os investidores têm dúvidas se os consumidores da Apple manterão fidelidade à marca com um produto de valor mais alto.

O iPhone X é uma edição comemorativa de dez anos do lançamento do primeiro iPhone, em 2007. Tim Cook disse, durante o evento, que o objetivo é que o aparelho seja “o padrão de tecnologia para a próxima década”, como foi o iPhone original.

No visual, os três dispositivos vêm cobertos de vidro (“o mais resistente de todos os tempos”, segundo a empresa), dispensando a casca de alumínio que vinha sendo usada nos iPhones anteriores. Também é o primeiro smartphone da

Apple a vir com tela Amoled, de melhor definição e já disponível em aparelhos da Samsung.

O evento deu ênfase às novas câmeras com inteligência artificial, capazes de reconhecer padrões de rostos, paisagens ou animais, e o carregamento sem fio de todos os dispositivos (Apple Watch, Air Pods e iPhone).

Nenhum desses recursos é inédito, embora a promessa da Apple seja de melhorá-los. O iPhone 7 já comportava carregamento sem fio, e a Samsung adota tecnologia semelhante nas câmeras desde o Galaxy S6.

O iPhone X tem uma aparência diferente dos antecessores, sem botão “home” e com tela infinita. Por não ter botão, a Apple aposta em tornar o reconhecimento facial o padrão para desbloqueio.

FALHA

Ao demonstrar o reconhecimento facial no evento, um engenheiro de software protagonizou uma gafe quando seu iPhone X não destrancou.

“Ops. Vamos usar o plano B”, afirmou, antes de digitar sua senha manualmente.

A maior inovação técnica divulgada pela empresa nos novos produtos está nos processadores. Os celulares virão equipados com o A11 Bionic, um chip que promete ser mais rápido e mais potente que os concorrentes, e processadores gráficos (GPU).

O iOS 11, novo sistema operacional, estará disponível para download no dia 19.

RELÓGIO

Também foi anunciada a nova geração do Apple Watch, a Série 3, que virá com um chip para funcionar de forma independente do iPhone.

O relógio poderá fazer ligações sem estar ligado ao smartphone e usará o mesmo número do aparelho.

O evento de lançamento aconteceu na nova sede da Apple, o Apple Park, em Cupertino (Califórnia, EUA), escritório de 260 mil m² inaugurado em abril de 2017.

Considerado o último projeto de Steve Jobs, a sede custou US$ 5 bilhões, segundo revistas especializadas, e demorou oito anos para ser construída. Ela já abriga mais de 2.000 funcionários.

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