05 de dezembro de 2025
Saúde pública • atualizado em 15/10/2025 às 10:46

Ipasgo Saúde lamenta decisão da UFG de não renovar convênio de adesão para servidores

Universidade Federal de Goiás alegou não ter amparo legal para assumir responsabilidades financeiras previstas em contrato
Ipasgo lamenta decisão da UFG de não renovar convênio que atendia servidores e dependentes. (Foto: Ipasgo Saúde).
Ipasgo lamenta decisão da UFG de não renovar convênio que atendia servidores e dependentes. (Foto: Ipasgo Saúde).

O Ipasgo Saúde lamentou a decisão da Universidade Federal de Goiás (UFG) de não renovar o convênio de adesão que garantia assistência à saúde dos servidores e seus dependentes. A decisão foi comunicada oficialmente pela própria instituição de ensino, por meio do Ofício nº 56/2025, encaminhado à operadora.

De acordo com o Ipasgo, após diversas reuniões e tentativas de conciliação entre as equipes técnicas e jurídicas das duas instituições, não foi possível chegar a um consenso sobre as cláusulas contratuais necessárias para a regularização do convênio.

A autogestão informou que todos os demais 274 patrocinadores, entre prefeituras, câmaras municipais e os institutos federais IFG e IF Goiano, que possuem a mesma natureza jurídica da UFG aceitaram as condições exigidas e renovaram seus contratos. Assim, a Universidade Federal de Goiás foi a única entidade que optou por não firmar o novo convênio.

O impasse girou em torno da cláusula de responsabilidade financeira por eventuais déficits, prevista no Termo de Compromisso nº 01/2024, firmado pelo Ipasgo junto à Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS). Segundo as regras da agência reguladora, cada patrocinador deve assegurar o equilíbrio financeiro da própria massa de beneficiários, assumindo os déficits que possam surgir.

A UFG, no entanto, alegou não possuir respaldo legal para assumir tal responsabilidade e recusou a inclusão da cláusula. O Ipasgo afirmou que abrir exceção violaria as normas regulatórias e poderia gerar subsídio cruzado, isto é, uma situação em que o Estado ou outros patrocinadores arcariam com custos indevidos de beneficiários alheios às suas massas.

O instituto informou ainda que todos os beneficiários da UFG serão notificados individualmente sobre a suspensão do plano. O Ipasgo reforçou, porém, que não haverá interrupção de atendimentos em andamento: pacientes em tratamento contínuo seguirão recebendo assistência até a conclusão dos procedimentos.

Histórico

O convênio entre o Ipasgo e a UFG estava sem vigência contratual desde maio de 2019, e a prestação de serviços vinha sendo mantida em caráter excepcional, conforme prazo regulatório definido pela ANS.

Em 20 de setembro de 2024, a ANS confirmou a permanência definitiva de cerca de 10 mil servidores federais e celetistas no plano do Ipasgo Saúde, decisão publicada no Diário Oficial da União no dia seguinte. A medida beneficiou 16 entidades, entre elas a própria UFG, e atendeu a um recurso administrativo interposto pelo Ipasgo para evitar a exclusão de beneficiários após o registro do plano como autogestão.

Segundo a ANS, a deliberação considerou a missão institucional do Ipasgo Saúde de zelar pelo interesse público e garantir a continuidade da assistência aos beneficiários, evitando desassistência no sistema de saúde suplementar.


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