O modelo de modernização e integração do transporte coletivo da Região Metropolitana de Goiânia (RMG) foi elogiado nesta terça-feira (12) durante o Seminário Nacional da NTU em Brasília, que reuniu empresários, líderes associativos e instituições do setor de mobilidade de todo o país.
O prefeito Sandro Mabel destacou que o investimento total programado para o sistema é de R$ 2,1 bilhões, tratado como “prioridade política” em conjunto com o governador Ronaldo Caiado.
O caso de Goiânia foi apontado no seminário como referência nacional. “Goiânia está dando um ensinamento espetacular para o Brasil. Esse trabalho conjunto entre governo estadual, prefeitura e empresas está beneficiando um único destinatário: o usuário”, disse Mabel. Ele reforçou que, se o governo federal ampliar seu apoio, os ganhos poderão ser ainda maiores. “Se o governo federal entrar também, ele vai ajudar muito”.
Durante sua fala, Mabel defendeu que o poder público assuma compromisso claro com a mobilidade. “O poder público, principalmente o executivo, tem que dizer: transporte coletivo vai ser a minha prioridade. Mas ele não faz sozinho. Lá nós temos a sorte de ter o governador Caiado, que foi quem começou com isso tudo”, afirmou.
Segundo o prefeito, o governo estadual entrou inicialmente com subsídios para renovação da frota, enquanto a prefeitura trouxe um conceito mais amplo de mobilidade: “Abrimos ruas, desentupimos o trânsito, sincronizamos semáforos, tudo junto com a companhia de transporte coletivo. Isso começou em Goiânia e agora irradia para a região metropolitana”.
Mabel destacou que a Região Metropolitana de Goiânia conta com uma rede de transporte coletivo unificada, diferentemente de outras cidades que possuem várias empresas operando sem integração. “Temos uma rede única, um comando único, uma tarifa única para a rede metropolitana inteira. A capital subsidia a passagem de municípios a 20 ou 30 quilômetros de distância, mas mantém o valor igual para todos”, disse. Para o prefeito, a integração entre Estado, municípios e empresas é fundamental:
O segredo é trabalhar todos juntos. Governo estadual, de preferência o federal também, governos municipais e a rede de transporte coletivo.
A “metronização” e a mudança de cultura
O prefeito apresentou resultados já percebidos pelo programa de modernização, apelidado de “metronização” que visa aumentar a velocidade média dos ônibus e melhorar a experiência do passageiro.
“Nos primeiros dias, teve gente que perdeu o ponto de descida porque o ônibus chegou tão rápido que não deu tempo. O passageiro estava mexendo no celular com o wi-fi do ônibus ou no ar-condicionado e nem percebeu”, relatou.
Segundo ele, executivos e gerentes que antes iam de carro passaram a usar transporte coletivo. “Tenho certeza que, dentro de dois anos, com toda a frota trocada e a metronização implantada, muitas pessoas vão deixar de andar de carro e moto”.
R$ 2,1 bilhões para transformar o sistema
Mabel revelou que o valor total programado para a modernização e integração da rede é de R$ 2,1 bilhões. “Esse é o projeto total que está programado para arrumar todo o sistema da Região Metropolitana de Goiânia”, explicou.
Os investimentos incluem a troca da frota, reforma e ampliação de terminais, sincronização de semáforos e melhorias operacionais. A expectativa é que, com o aumento da velocidade média, seja possível reduzir a frota em até 25% sem prejudicar a oferta, diminuindo custos operacionais e tarifa.
O prefeito destacou que o usuário já percebe melhorias: “Hoje, ele chega ao ponto e, pelo QR Code, sabe a hora que o ônibus vai passar. Nos terminais, há painéis como nos aeroportos. São terminais amplos, ventilados, com teto alto e sinalização clara”.
Apesar disso, Mabel reconhece que a demanda por qualidade é constante: “O usuário sempre quer mais. Mas acredito que a percepção para o transporte em Goiânia tem sido muito boa”.
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