O Ministério Público do Estado de Goiás (MP-GO) colhe nesta sexta-feira (7) depoimentos dos investigados na operação Sinal Vermelho, em que o ex-superintendente estaria desviando recursos da Superintendência Municipal de Trânsito de Aparecida de Goiânia (SMTA) através de uma empresa de fachada, contratada para locação de caminhões por meio de licitação fraudulenta.
De acordo com promotor da 12ª Promotoria de Aparecida, Leonardo Seixlack Silva, a investigação também apura a informação de que bens materiais pertencentes à SMTA, como areia, tinta, placas, eram desviados pelos suspeitos para a empresa pertencente ao ex-superintendente e, depois, utilizados em obras particulares.
Na manhã desta quinta-feira (6) todas as ordens judicias foram cumpridas, sendo quatro mandados de prisão preventiva, oito mandados de condução coercitiva e 11 mandados de busca e apreensão.
Entre os presos estão o ex-superintendente, sua esposa, sogra e cunhado, além de agentes públicos também envolvidos no esquema fraudulento. O MP-GO não divulgou o nome dos investigados.
“A operação deflagrada é para apurar organização criminosa, falsidades ideológicas das pessoas que assinaram o contrato, fraude à licitação, pois o superintendente se valeu de artimanhas para fazer um contrato com ele mesmo”, explica promotor.
Segundo Leonardo Seixlack, o esquema criminoso foi detectado inicialmente em 2013, mas, de acordo com as investigações, há suspeitas de que desde 2009 o esquema funcionava. Até o momento, o prejuízo aos cofres públicos municipais chegou a no mínimo R$ 700 mil, excluindo valores desviados irregularmente dos insumos da SMTA.
Os investigados podem ser condenados por organização criminosa, fraude em licitação, falsidade ideológica, peculato e lavagem de dinheiro.
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