08 de agosto de 2024
Brasil • atualizado em 12/02/2020 às 23:57

Investigados da Lava Jato serão ouvidos em caso de Cunha pelo Conselho de Ética

Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). (Foto: Agência Brasil)
Presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB). (Foto: Agência Brasil)

Seis investigados na Operação Lava Jato serão ouvidos pelo Conselho de Ética da Câmara dos Deputados, que investiga representação contra o presidente da Casa, deputado federal Eduardo Cunha (PMDB). A autorização dos depoimentos foi confirmada nesta terça-feira (5) pelo juiz federal Sérgio Moro e serão realizados em Curitiba.

O pedido dos depoimentos foi feito na semana passada pelo relator do processo no Conselho, deputado Marcos Rogério (DEM). Segundo o relator, o objetivo é ouvir os investigados que fizeram acusações contra Cunha: Alberto Youssef, Julio Camargo, Fernando Baiano, Leonardo Meirelles, Eduardo Musa e João Henriques.

As datas dos depoimentos ainda não foram definidas, o que poderá ser feito por videoconferência. Os depoimentos também farão parte do plano de trabalho que será conduzido nos próximos 40 dias úteis.

Também foram pedidos informações e dados sobre processos que tramitam contra Eduardo Cunha no Supremo Tribunal Federal (STF) e na Procuradoria-Geral da União (PGR). Serão incluídas também as delações premiadas e processos no Banco Central (BC) referentes a crimes de evasão de divisa e lavagem de dinheiro.

O presidente da Câmara responde a processo sobre acusação de ter mentido à Comissão Parlamentar de Inquérito (CPI) da Petrobras, em março de 2015. Na ocasião, Cunha afirmou não ter contas no exterior.

No entanto, documentos disponibilizados pelo Ministério Público da Suíça confirmaram a existência de contas ligadas a Cunha naquele país. O presidente ainda nega ser dono das contas e são, segundo ele, administradas por trustes. De acordo com Cunha, ele apenas é “usufrutuário” dos ativos mantidos no exterior.

O processo poderá levar à cassação do mandato de Eduardo Cunha. A representação foi apresentada pelo PSOL e Rede, e acatada por 11 votos a 10, no dia 2 de março. No dia 21 Cunha apresentou defesa de mais de 60 páginas e cinco anexos.

Com informações da Agência Brasil

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