23 de dezembro de 2024
Brasil • atualizado em 13/02/2020 às 01:04

Investigado pela Polícia Federal, frigorífico Peccin demite funcionários

Imagem ilustrativa. (Foto: EBC)
Imagem ilustrativa. (Foto: EBC)

Investigado na Operação Carne Fraca, o frigorífico Peccin anunciou nesta terça (11) que deu início à demissão de 420 funcionários, em suas unidades de Curitiba e Jaraguá do Sul (SC).

A decisão foi tomada em função da recente paralisação das fábricas, que foram interditadas pelo Ministério da Agricultura após a investigação.

“Com o custo, não há como manter. Cada dia de salário é uma pequena fortuna”, diz o advogado Elias Mattar Assad.

A empresa, que opera há cerca de dez anos, é suspeita das mais graves irregularidades investigadas pela Polícia Federal -como o uso de carne estragada em embutidos e de conservantes proibidos ou em quantidades acima do permitido.

Durante a investigação, os proprietários da Peccin foram flagrados em escutas, aparentemente conversando sobre como adulterar alimentos vencidos para utilizá-los em embutidos. Um laudo da PF identificou uma concentração de aditivos e conservantes acima do permitido por lei nos produtos da empresa.

A Peccin nega as acusações e diz que as “falsas alegações” foram divulgadas de forma “distorcida e precipitada”, para justificar a operação policial.

Segundo o advogado Mattar Assad, a empresa, familiar, não tinha reservas suficientes para empregar os funcionários sem estar em operação. Só o custo de energia elétrica com a fábrica de Santa Catarina, para manter os freezers ligados, é de R$ 390 mil mensais.

A empresa informou, em nota, que espera “em breve poder retomar suas atividades e recontratar os antigos colaboradores”.

A Peccin tenta suspender na Justiça a interdição do Ministério da Agricultura. Se não conseguir, os sócios cogitam a possibilidade de vender ou arrendar a empresa. (Folhapress)

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