O diretor-geral da Polícia Federal, Rogério Galloro, afirmou que o inquérito sobre a facada levada por Jair Bolsonaro (PSL) está 90% concluído.
O presidente eleito foi atacado em 6 de setembro, quando ainda era candidato e fazia campanha em Juiz de Fora (MG).
Na manhã desta sexta-feira (21), a PF cumpriu mandados de busca e apreensão no escritório de Zanone Manuel de Oliveira Júnior, um dos advogados de Adelio Bispo de Oliveira, que é o autor da facada.
“Vocês sabem que investigação requer sigilo. A investigação está bastante avançada. Está em torno de 90% concluída, pelo que me foi passado pelo presidente do inquérito”, disse Galloro nesta sexta.
O diretor-geral disse que a ação desta manhã é para esgotar dúvidas sobre a participação de terceiros no episódio.
“Temos um dever social com esse caso. Não podemos terminar com nenhum dúvida. Então, a ação é mais nesse sentido”, acrescentou.
Segundo o delegado responsável pela investigação, Rodrigo Morais Fernandes, o objetivo da operação é apreender e periciar documentos, celulares e computadores para descobrir quem paga a defesa de Adelio.
O delegado disse à reportagem que a polícia trabalha com a hipótese de que o advogado poderia estar sendo financiado por uma organização criminosa ligada ao tráfico de drogas ou por um grupo político.
Em uma primeira fase de apuração, a Polícia Federal afastou a suspeita de que Adélio tenha recebido pagamento em sua conta bancária para executar o crime e concluiu que agiu sozinho.
Ainda assim, decidiu abrir um segundo inquérito, para investigar supostos mandantes ou pessoas que teriam instigado o crime. Até aquele momento não havia nenhuma indicação nesse sentido.
Galloro disse não saber se havia mudado o cenário e novas pistas apareceram desde então e reforçou a necessidade de se esgotar qualquer tipo de dúvida.
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