SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – O Instagram apresenta no Brasil nesta terça-feira (20) um novo recurso de compras, que permite a perfis comerciais marcar produtos para venda em publicações orgânicas -aquelas que não recebem impulso por dinheiro, o tradicional post pago.
A funcionalidade, que já era testada nos EUA desde o ano passado, também estará disponível em outras sete regiões: Austrália, Canadá, França, Alemanha, Itália, Espanha e Reino Unido.
Segundo o Instagram, cerca de 80% das contas ativas visitam perfis comerciais diariamente. Com a nova ferramenta, os usuários poderão ver mais detalhes de produtos etiquetados nas fotos das lojas que seguem.
Ao clicar no produto, o consumidor vê preços e outras informações e segue para os próximos passos da compra.
O ecommerce tem demonstrado otimismo em 2018. De acordo com o Ebit, empresa referência em informações sobre o setor no Brasil, o comércio online deve apresentar um crescimento de aproximadamente 12% em relação a 2017, com faturamento de R$ 53,5 bilhões.
E uma das primeiras lojas que vai adotar o formato é a Nama, que nasceu no Instagram e é especializada em peças de decoração. “A plataforma sempre foi a nossa vitrine, pois conseguimos mostrar aos nossos clientes os produtos de uma forma menos tradicional, com fotos mais espontâneas e menos produzidas”, diz a fundadora Joanna Cariello. “A ferramenta para compras veio para completar nossa vitrine.”
O movimento da rede social que pertence ao Facebook segue a tendência do mercado. Em 2017, 27,3% das compras foram realizadas por meio de smartphones ou tablets, segundo o Ebit. Essa parcela deve apresentar um crescimento robusto, passando a 37% do mercado virtual no fim deste ano.
Esse aumento é uma das apostas da Amaro, loja de roupa feminina. “Por termos essa visão de mobile first, a ferramenta vai nos ajudar justamente na conveniência, já que permite uma experiência de compra fluida e integrada”, afirma André Martins, diretor de performance de marketing da empresa.
Atualmente, o setor de moda e acessórios lidera o ranking de comércio online no país em volume de pedidos, com 14,2% das vendas, de acordo com o relatório feito pelo Ebit. Na sequência, vêm as categorias de saúde e cosméticos (12%), eletrodomésticos (10,8%), casa e decoração (10,5%) e telefonia (9,2%).
(AMON BORGES – Folhapress)
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