14 de agosto de 2024
Brasil

INSS alerta para aumento de “calote” no crédito consignado

Ministério liga luz amarela sobre inadimplência

Um dos problemas analisados pelo governo é o aumento da inadimplência do crédito consignado do Instituto Nacional do Seguro Social (INSS).

A modalidade é a única, entre os créditos pessoais, em que o calote tem se mantido estável nos últimos anos.

Em entrevista ao portal IG, o ministro da Previdência, Garibaldi Alves Filho, afirmou que é necessário ter uma atitude de cautela em relação aos empréstimos consignados.

O Sindicato Nacional dos Aposentados, ligado à Força Sindical, denuncia excesso de facilidade na concessão de créditos – cerca de 1 milhão de contratos são firmados todo mês e 60% dos beneficiários da Previdência fazem uso dele. Sobre a adoção de regras mais rígidas, Alves diz apenas que é necessário um “estudo sobre isso.”
Acompanhe trechos da entrevista;

IG: O senhor defende que a taxa máxima do crédito consignado seja aumentada para acompanhar a nova realidade da taxa básica de juros brasileira?
Alves Filho: Isso terá de ser discutido ainda. E isso teria de se aliar a uma preocupação também do nível de inadimplência. Teríamos de fazer uma discussão mais ampla e mais abrangente com relação a isso. Em março de 2011 o índice equivalia a cerca de 40% do registrado no conjunto de créditos pessoais e em novembro de 2013, os consignados subiram a inadimplência para 50%.

IG: Essa ampliação do calote…
Alves Filho: Acho que se deve ter uma atitude de cautela com relação a empréstimo consignado.

IG: A Previdência defende limitar ou estabelecer algumas medidas para regular mais a concessão?
Alves Filho: Eu acho que deveria se aprofundar um estudo sobre isso. Há quem diga que [a inadimplência do consignado] passa por um período de estabilidade. Tudo isso tumultua um pouco essa discussão. O Conselho [Nacional de Previdência Social] deveria se debruçar sobre isso. Estou manifestando uma preocupação e não uma decisão.

IG: Mas o senhor é favorável a um aumento do teto dos juros para o consignado?
Alves Filho: Eu não tenho uma opinião formada.


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