LEO BURLÁ
RIO DE JANEIRO, RJ (UOL/FOLHAPRESS) – Contratado para ser o homem-forte do futebol do Fluminense, o diretor esportivo Paulo Autuori formalizou a sua saída do clube. O dirigente já comunicou a sua decisão nesta segunda-feira (28), dia da reapresentação do elenco tricolor após a vitória por 3 a 1 sobre a Chapecoense.
Autuori sente saudades de voltar a dirigir um clube como treinador. No Brasil, essa hipótese é remota, mas ele avalia a possibilidade de sair do país.
Alguns episódios minaram a paciência do diretor, que ficou incomodado com o vazamento de informações da negociação com o atacante Kleber Gladiador, além de ter demonstrado contrariedade com atrasos salariais.
A tentativa de interferência de diretores amadores também incomodou, mas ele sempre conseguiu blindar o grupo da guerra política que rachou o clube. Frustrou ainda a impossibilidade de tocar projetos que tinha alinhavado com o ex-CEO Marcus Vinicius Freire, outro que deixou o Fluminense recentemente.
Sem o profissional, o fato é que Abel ficará sobrecarregado até o preenchimento desta lacuna. Nas Laranjeiras, há quem garanta que o bom momento do clube deve-se à presença dos dois no dia a dia.
Respeitados, Abel e Autuori conseguem manter a situação sob controle no departamento de futebol. Sem um “para-raios” de peso, Abel terá de assumir o papel de gestor de questões que extrapolam o campo.
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