Começou nesta terça-feira (26), uma ação conjunta entre a Prefeitura de Goiânia e o Governo de Goiás para combater o mosquito Aedes Aegypti, transmissor de doenças como: Dengue, Febre Amarela, Chikungunya, Zika vírus e Microcefalia. A força tarefa está sendo realizada no Jardim América e bairros vizinhos. Na região é alto o índice de infestação.
De acordo com a diretora de Vigilância da Secretaria Municipal de Saúde, Flúvia Amorim, o índice de infestação é alto, acima de 1%. Outra preocupação é que foi nesta área da capital que começou a circulação do Zika Vírus.
“É preocupante porque o motivo que estamos aqui foi porque nesta região que foram confirmados os primeiros casos do Zika Vírus e há a circulação do vírus nesta região, o índice de infestação está acima de 1% e o Ministério da Saúde preconiza que o índice fique abaixo de 1%, então há este risco de epidemia”, explica Flúvia Amorim.
O prefeito de Goiânia, Paulo Garcia (PT), afirmou que o poder público nas diferentes esferas: federal, estadual e municipal tem procurado fazer a parte dele, mas é preciso a participação popular, já que mais de 80% dos criadouros estão dentro das residências. O chefe do Executivo municipal classificou que o mosquito não escolhe vítimas, e que estão contraindo casos pessoas de todos os tipos de classe econômica, cor de pele, etc.
“Este mosquito talvez seja o mais democrático que conheço. Está na casa do mais rico, do mais pobre, do negro, do branco, do torcedor do Vila Nova, do Atlético, do Goiás, do Goiânia, do CRAC lá em Catalão, enfim de todos os times. Estou dando exemplos para dizer que ele está na casa de todos nós, portanto o nosso esforço para olhar onde nós moramos, trabalhamos, estudamos é fundamental”, destacou o prefeito.
Imóveis fechados
Paulo Garcia ainda afirmou que uma dificuldade ainda existente é adentrar em imóveis fechados, ou que estejam abandonados, ou que os moradores não permitem a entrada. O prefeito explicou que o decreto de emergência publicado no estado pelo governador Marconi Perillo (PSDB) e na capital por ele, permite que estes espaços sejam vistoriados.
“Com o decreto de emergência pública promulgado pelo governador Marconi Perillo e aqui em Goiânia por mim, nos permite acesso a qualquer imóvel, mesmo naqueles que estejam obstruídos, fechados ou que as pessoas nos neguem acesso. Com este decreto de emergência podemos adentrar onde for necessário”, descreveu.
Parceria
O secretário de Saúde de Goiás, Leonardo Vilela argumentou que a participação do estado na força tarefa é a de dar apoio às ações que estão sendo desenvolvidas pelo município de Goiânia. O responsável pela pasta afirmou que quase um milhão de domicílios já foram visitados em todo território goiano. Ele elogiou o trabalho realizado pela Secretaria de Saúde da capital.
O gestor ainda destacou que o monitoramento em tempo real realizado em todo o estado de Goiás gerou elogios do Ministério da Saúde, que recomendou outras unidades da Federação da adotarem o mesmo procedimento.
“Estamos fazendo um trabalho de apoio com nossos técnicos e até do Corpo de Bombeiros. É dessa maneira que vamos acabar o Aedes Aegypti, indo de casa em casa, identificando os criadouros, eliminando, orientando as pessoas para que novos focos não se formem. Afinal 80% estão nas residências e os outros 20% estão nas áreas públicas. Nós estamos desenvolvendo um programa de monitoramento em tempo real. Ontem o ministro declarou que a política será adotada em todo o Brasil. O ministro da saúde me pediu autorização para adotar o programa, evidentemente demos esta permissão e vamos continuar estabelecer parcerias”, analisou Leonardo Vilela.
Unidades de Saúde
Além do combate aos criadouros do Aedes Aegypti, há ainda a preocupação quanto às pessoas que estão contraindo as doenças transmitidas pelo mosquito. O secretário Municipal de Saúde, Fernando Machado, afirmou que as unidades estão preparadas para atender a população.
“Goiânia está numa situação de emergência, fizemos um plano de contingencia que todas as unidades estão preparadas para receber, tratar, orientar as pessoas que estão com estas doenças”, explicou.
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