25 de novembro de 2024
Cidades

Inhumas: Usina deve R$4,5 milhões a produtores

Problema de inadimplência da Usina começou em 2009

Produtores da Associação dos Produtores e Parceiros de Cana-de-açúcar e outras culturas da Região Centro de Goiás (Aprocentro) realizaram, na manhã desta segunda-feira (02), manifestação pacífica em frente a Usina CentroÁlcool, em Inhumas. O manifesto foi motivado pelo atraso em pagamentos referentes a arrendamentos dos produtores que não recebem desde o último mês de maio. Funcionários também alegam atrasos e não receberam, inclusive, o 13º salário.

A Usina CentroÁlcool alega estar passando por dificuldades de gestão há um bom tempo. De acordo com o presidente da Aprocentro, José Francisco de Azevedo, o valor da dívida, apenas dos associados chega a R$ 4,5 milhões. Este débito é apenas 30% da dívida total. Isto porque apenas 50 produtores são associados e o arrendamento engloba 150.

Segundo funcionários presentes na manifestação, os salários não são pagos desde o mês de setembro. Para reivindicar os próprios direitos, tantos os produtores, quanto os parceiros e funcionários da unidade industrial se mobilizaram em frente à usina, na expectativa de que um representante legal da empresa aparecesse com uma proposta concreta para sanar os problemas. Apesar disso, ninguém apareceu.

José Francisco de Azevedo, que também é vice-presidente do Sindicato Rural de Inhumas, afirma que a situação é insustentável. “Já demos várias oportunidades para que cumprissem os acordos firmados ultimamente, porém, nada foi cumprido. A falta de respeito é enorme com todos os parceiros, e agora também com todos os funcionários da usina”, completou.

Histórico:
Os problemas de inadimplência da Usina CentroÁlcool com os produtores e parceiros começou em 2009. José Francisco, que também é membro da Comissão de Cana-de-açúcar da FAEG, sempre levou essas dificuldades às reuniões da comissão para conhecimento da coordenação. “Os problemas sempre foram resolvidos, mas de forma paliativa. Sempre recebíamos parte, e outra parte ficava para próxima safra e nisso muitos entraram em sérias dificuldades” desabafa.

Os parceiros e funcionários da usina agora aguardam um pronunciamento oficial da usina e se isso não acontecer nos próximos dias, a associação tomará as medidas cabíveis quanto ao caso. A intenção é, a partir do mês de janeiro de 2014, reunir toda diretoria da associação para a tomada de decisões quanto ao caso. “Da forma que está não pode continuar, precisamos de uma solução definitiva, pois há muitas pessoas passando dificuldades na vida pessoal por conta do total descaso que todos estamos recebendo por parte da usina”, finalizou o presidente.


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