23 de dezembro de 2024
Economia

Inflação no país fica negativa pela primeira vez em 2023

Essa foi a primeira vez que a inflação fica abaixo de zero, desde setembro de 2022, atingindo -0,08%. A soma dos últimos 12 meses chegou a 3,16% na inflação acumulada
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil
Foto: Valter Campanato/Agência Brasil

A inflação oficial do Brasil apresentou a primeira queda, desde setembro de 2022. Em junho, houve deflação, ou seja, recuo em comparação a maio, ficando abaixo de zero, com 0,08%, primeiro índice negativo do ano de 2023. O resultado foi divulgado nesta terça-feira (11), pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Este é o quarto mês seguido que a inflação vem perdendo força, em maio caiu 0,23%. No ano, o índice soma 2,87% e, nos últimos 12 meses, 3,16%, abaixo dos 3,94% observados nos 12 meses imediatamente anteriores.

Na comparação com maio, os grupos que mais ajudaram a colocar a inflação no campo negativo foram alimentação e bebidas (-0,66%) e transportes (-0,41%), que contribuíram com -0,14 e -0,08 ponto percentual (pp) no índice geral, respectivamente.

Influências

Conforme o IBGE, alimentação e bebidas, e transportes integram o grupo com maior influência dentro da cesta de consumo das famílias brasileiras. O primeiro grupo, de bebidas e alimentação, foi influenciado, principalmente, pelo recuo nos preços da alimentação em casa (-1,07%).

Com efeito, contribuíram para isso as quedas do óleo de soja (-8,96%), das frutas (-3,38%), do leite longa vida (-2,68%) e das carnes (-2,10%). Já o custo da alimentação fora de casa subiu, porém, com menos força (0,46%) em relação ao mês anterior (0,58%). 

Já em transportes, o recuo de preços foi motivado por queda no valor dos automóveis novos (-2,76%) e dos usados (-0,93%). O comportamento está diretamente associado a medida do governo federal de redução dos impostos para carros populares novos.


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