20 de dezembro de 2024
Economia • atualizado em 13/02/2020 às 00:13

Inflação de Goiânia cai em agosto

A inflação neste ano no mês de agosto registrou um índice mais baixo em Goiânia, com 0,25% depois de 11 meses progressivos de taxas altas. No mês de julho, a inflação da capital chegou a registra 1,43%. A redução do número foi referente a queda dos preços de produtos alimentícios e dos custos com habitação com -0,88% e vestuário com -0,26%. De acordo com o Instituto Mauro Borges de Estatística e Estudos Socioeconômico (IMB), da Secretaria de Gestão e Planejamento (Segplan), no acumulado de janeiro até o mês de agosto o Índice de Preços ao Consumidor (IPC) chega a 7,41% e em 12 meses a 12,55%.

“Aumentar os preços de produtos e serviços num momento em que a renda das famílias não cresce e em muitos casos diminui, em razão da crescente taxa de desemprego, não é o melhor negócio para o momento”, afirma o gerente de Pesquisas Sistemáticas e Especiais da Segplan, economista Marcelo Eurico de Souza.

Alguns preços de produtos alimentícios sofreu queda de até 17,78% que é o caso do repolho, o feijão carioca caiu 6,99% no mês de agosto, o leite longa vida com -1,17%, carne bovina, como lagarto -4,56%, óleo de soja -1,60%, alface -4,32%, batata inglesa -8% e cebola com 11,19%. Porém, comer fora de casa ficou mais caro, o reajuste ocorreu no preço do quilo com aumento de 4,62% e do suco de laranja com alta de 2,05%.

Segundo a IMB/Segplan, graças a redução do preços de alguns alimentos, houve queda de 1,1% na cesta básica, para comprar os 12 itens da cesta, são necessários cerca de R$ 358,74, o que condiz com 40% do salário mínimo do país.

Souza ainda afirma que o recuo da inflação no mês de agosto, apesar do número positivo, está associado a diminuição da demanda provocada por aumentos sucessivos de preços ocorridos, e também ao aumento de oferta de vários produtos.

Os preços dos medicamentos registraram alta de 2,21% e de exame de laboratório de 3,24%. Preço do papel higiênico subiu em 1,89% e o desodorante também, com uma média de 3,40%. De acordo com Marcelo, o IPC do mês passado, embora tenha sido o menor dos últimos meses, foi fortemente influenciado pelos grupos de alimentação, saúde e cuidados pessoais.

Na energia, dos noves grupos que compõe o IPC em Goiânia, sete apresentaram mudanças positivas em suas taxas e apenas duas delas, alternância negativa. O custo da tarifa de energia elétrica caiu -4,54%, ajudando a desacelerar o índice inflacionário.

O preço do etanol subiu e ficou com cerca de 2,26% em agosto e a gasolina com 1,05%, aliado a alta de 6,23% nos preços das passagens de ônibus interestadual e de 4,76% no intermunicipal, pesaram em 0,53% o grupo de transportes. 

A educação também teve aumento, os preços nos cursos de informática subiu 6,46%. O grupo comunicação que estava em baixa nos últimos meses, sofreu impacto de 0,18% em agosto, puxado pelo grupo de telefonia celular pós-pago que ficou com 2,13% mais caro.

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