A variante ômicron, identificada primeiro no sul do continente africano e já diagnosticada em dezenas de países, colocou o mundo novamente em alerta. A nova cepa do coronavírus é tida como mais transmissível, embora não haja dados robustos sobre a taxa de transmissão.
A Organização Mundial de Saúde (OMS) tem se reunido diariamente para tratar de reunir informações sobre a ômicron. Até aqui, porém, pouco se sabe. O médico infectologista Marcelo Daher explica que ainda é precoce tecer cenários da pandemia a partir do surgimento da nova cepa. “O que acontece exatamente, a gente não sabe. A gente ainda precisa esperar um tempo para ver como será o comportamento dessa variante, se ela vai predominar”, aponta.
Ele também lembra que a estatística hoje existente, como apontou a médica que identificou a ômicron, não demonstram que ela é capaz de causar doença mais grave.
“Os dados que nós temos de internação em Botsuana e África do Sul mostraram aumento de diagnósticos, mas não de internação. Como a identificação é precoce, precisamos esperar um tempo para ver se esses pacientes desenvolverão casos mais graves. O que precisamos agora é ter muita atenção, ficar atentos ao comportamento da variante, principalmente nesses países onde ela passa a circular”, defende o infectologista.
Daher frisa que o monitoramento da ômicron é importante, principalmente, para “identificar resposta da vacina”. De todo modo, ele ressalta que a cartilha não farmacológica ainda é muito eficaz para evitar se contaminar. “O momento exige bastante atenção. Manter os cuidados que já temos: uso de máscara, distanciamento, higiene. O meio de transmissão não mudou”, ressalta.
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