O Inep (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira), responsável pela prova do Enem, negou nesta segunda-feira (7) que o tema da redação do exame deste ano “Caminhos para combater a intolerância religiosa no Brasil” seja o mesmo que aparece em uma imagem divulgada no ano passado pelo MEC (Ministério da Educação) nas redes sociais da pasta. Na ocasião, isso foi feito para desmentir um boato de que teria havido vazamento da prova.
Algumas das informações contidas na proposta da redação deste ano são parecidas com as da imagem de 2015. Nesta segunda, a publicação tem gerado críticas de candidatos e internautas na página do MEC com insinuações de que o “próprio MEC” teria vazado o tema da redação.
De acordo com o instituto, o tema deste ano “não é o mesmo de uma prova falsa divulgada às vésperas do Enem 2015, com o tema ‘Intolerância Religiosa no Século 21′”.
“O gráfico que apoia o desenvolvimento da redação do Enem 2016 é baseado em um estudo da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, de domínio público. O gráfico da prova falsa divulgada às vésperas do Enem 2015, é baseado no mesmo estudo, mas tem recorte diferente”, afirmou o Inep.
Íntegra da nota do Inep:
“O Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais Anísio Teixeira (Inep) rechaça veementemente mais um tentativa de tumultuar o Enem 2016, que foi realizado com absoluto sucesso para 5,8 milhões dos 8,6 milhões de inscritos e esclarece:
1- O tema da redação do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) 2016, “Caminhos para Combater a Intolerância Religiosa no Brasil” não é o mesmo de uma prova falsa divulgada às vésperas do Enem 2015, com o tema “Intolerância Religiosa no Século XXI”.
2- Abordar simplesmente o tema a intolerância religiosa no século XXI não permite que o participante desenvolva uma proposta de intervenção na realidade respeitando os direitos humanos, o que contraria os pressupostos metodológicos previstos no Edital do Enem.
3 – O gráfico que apoia o desenvolvimento da redação do Enem 2016 é baseado em um estudo da Secretaria de Direitos Humanos da Presidência da República, de domínio público. O gráfico da prova falsa divulgada às vésperas do Enem 2015, é baseado no mesmo estudo, mas tem recorte diferente.
4 – Portanto, trata-se de uma coincidência de assuntos que não afeta o Enem 2016 por não se tratar de um vazamento.
5 – É importante ressaltar que todos os anos são veiculadas em diversas redes sociais provas de redação falsas com os mais variados temas de relevância social, que muitas vezes mantém uma relação com o que pode ser proposto em Redações do Enem.
6 – A formulação do tema de redação do Enem é feita com a participação de professores de várias áreas do conhecimento que compõem o banco de elaboradores e revisores do Inep. Esses elaboradores e revisores são selecionados por meio de chamada pública nas Instituições Públicas de Ensino. É realizado um evento com a presença desses colaboradores onde são discutidos temas de ordem social, cultural, política ou científica, que propiciem propostas de intervenção social.
7 – A escolha dos temas de redação são levantados, pela comissão de especialistas, diversos assuntos que remetem a questões sociais que merecem discussão mais ampla e conscientização da sociedade. Cabe ressaltar que a escolha desses temas não são motivados exclusivamente por propagandas ou notícias atuais.
8 – Na elaboração da prova de Redação são escolhidos alguns textos motivadores. Esses textos são, em sua maioria, retirados de sites de instituições governamentais. Procura-se obter dados oficiais que confirmem a questão abordada na proposta de redação. Os textos motivadores servem de apoio ao candidato para que reflita sobre o tema e possa dar o encaminhamento que julgar mais adequado dentro do tema proposto e respeitando os direitos humanos. Porém, eventualmente, textos motivadores para a proposta de redação podem ser obtidos em veículos de comunicação.
9 – Por fim, o Inep condena o uso de mentiras e falsas polêmicas com objetivos políticos e sem qualquer compromisso com a Educação ou com os milhões de jovens que fizeram o Enem.”
Folhapress
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