A Confederação Nacional da Indústria (CNI) divulgou um estudo nesta segunda-feira (17), em que mostra a desconcentração regional industrial no Brasil. A pesquisa aponta que, durante dez anos, entre os biênios 2007/2008 e 2017/2018, Goiás se manteve em estagnação referente à participação do PIB Industrial.
Com relação à participação dos estados no valor adicionado bruto a preços básicos, o Estado permaneceu em nona posição da indústria total, com participação de 2,83% no primeiro biênio citado e 2,91% no segundo. Os pontos percentuais foram de apenas 0,08.
Nos dados de participação na indústria de transformação, Goiás se encontra também em nona posição no ranking do biênio 2007/2008 e em décima no biênio 2017/2018. Quanto à indústria extrativa, passou da nona posição no primeiro biênio, para a oitava, no segundo, com -0,21 pontos percentuais.
Com relação à participação na indústria de construção, Goiás permaneceu em oitava posição em ambos os biênios, com 3,59% e 3,80%, respectivamente, e 0,21 pontos percentuais. Na tabela de Serviços Industriais de Utilidade Pública (SIUP), o Estado passou da 6ª para a 8ª posição com -1,32 pontos percentuais.
Em entrevista ao Diário de Goiás, o atual secretário de Indústria, Comércio e Serviços, José Vitti, afirmou que apesar de não estar na gestão no período mencionado, o atual governo trabalha para que o Estado volte a se destacar. “Nós estamos trabalhando fortemente na atual gestão para que Goiás volte a se destacar no cenário de atuação de empresas, na qualificação profissional, na geração de renda, na recolocação de funcionários que perderam seus empregos”, disse.
Vitti alegou, ainda, ter vários protocolos de intenção assinados no Estado, para atração de empresas, que ainda não avançou, de fato, devido à pandemia da Covid-19. “Não só Goiás, mas todo o País, sofreu com essa crise sanitária”, ponderou. O secretário destacou, ainda, a área de qualificação de empresas, agronegócio e indústria mineral no Estado. “O Estado de Goiás é o único Estado a nível de Brasil que hoje conta com capacitação para a indústria inteiramente gratuita”, declarou.
“Nós temos um Estado que é altamente pujante. Também concordamos que precisamos verticalizar mais a nossa indústria, principalmente a indústria do agronegócio e a indústria mineral. Inclusive estamos esboçando em parceria com o setor produtivo, um programa que provavelmente levará o nome de Agrego, que é justamente agregar mais valor aos produtos que estão sendo produzidos aqui no Estado”, ressaltou.
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