Nove pessoas foram indiciadas pela Polícia Civil no âmbito da investigação que apura as duas mortes por falta de energia elétrica na UTI Covid do Hospital Regional do Centro-Norte Goiano, em Uruaçu, em junho deste ano.
De acordo com o Grupo de Investigação de Homicídios (GIH), não houve desabastecimento externo de energia elétrica. Todavia, foi registrada falha na rede interna, por volta de 4h15 do dia 12 de junho. O problema desativou um dos disjuntores responsáveis pela alimentação dos respiradores da UTI. Destarte, os equipamentos funcionaram no “modo bateria” até amanhecer.
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Os respiradores funcionaram com suporte nas baterias por cerca de três horas. No entanto, a carga se esgotou, o que fez os equipamentos pararem de fornecer o oxigênio aos pacientes.
No dia, quatro pessoas morreram. A perícia demonstrou que duas delas foram causadas pela falta de oxigenação oriunda do problema com os respiradores. De acordo com o GIH, ninguém da equipe médica notou que os equipamentos pararam de funcionar.
Foram indiciados por homicídio culposo uma médica, uma fisioterapeuta, uma enfermeira e seis técnicos. Além deles, uma pessoa da equipe de manutenção foi indiciada por falso testemunho.
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