Os três indicados pela Associação Nacional dos Procuradores da República (ANPR) para ocupar o cargo de procurador-geral da República (PGR) estiveram no Senado na tarde de hoje (27/06), onde se encontraram com o presidente da Casa, Davi Alcolumbre. Acompanhados do presidente da associação, Fábio de Nóbrega, eles defenderam o uso da lista tríplice para a escolha do novo PGR.
“Nesses 18 anos em que a lista tem sido respeitada, há um trabalho junto às instituições para mostrar que ela serve ao fortalecimento da democracia interna”, disse o presidente da ANPR. Ele acrescentou que a associação realizou debates em todo o país para que a escolha do PGR seja feita aos olhos de toda a sociedade e não “em conversas reservadas em gabinetes fechados da capital”.
Após conversa com Alcolumbre, Fábio da Nóbrega disse que o presidente do Senado defende a lista tríplice. “O presidente Davi tem dito que entende que a lista tríplice fortalece a instituição. E não tenho nenhuma dúvida, por parte de todos os Poderes da República, do reconhecimento que esse processo vai fortalecer o Ministério Público Federal”.
A lista tríplice é formada pelos subprocuradores da República Mário Bonsaglia, Luiza Frischeisen e Blal Dalloul, nessa ordem. O presidente da República não é obrigado a escolher dentre os três nomes da lista, mas tem sido tradição que a lista tríplice seja utilizada. A lista foi criada em 2001 e de 2003 a 2013, nos governos Lula e Dilma, o primeiro colocado foi o escolhido. Em 2017, Michel Temer escolheu a segunda colocada, Raquel Dodge.
O mandato de Dodge termina em 18 de setembro. O presidente Jair Bolsonaro já deu declarações indicando que poderá escolher algum nome de fora da lista. “Todos que estão dentro, estão fora, tudo é possível. Vou seguir a Constituição”, disse ele, pouco antes da divulgação da escolha dos três nomes indicados pela ANPR.
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