SÃO PAULO, SP (FOLHAPRESS) – A Petrobras confirmou, nesta quarta-feira (16), que recebeu carta de renúncia de John Milne Albuquerque Forman à sua indicação para membro do conselho de administração da companhia.
O nome do geólogo, sugerido pelo governo de Jair Bolsonaro (PSL), havia sido anunciado na segunda-feira (14), juntamente com os do economista João Cox e do almirante Eduardo Bacellar Leal Ferreira, que deve assumir a presidência do colegiado
Mas já no dia seguinte Forman informou, por uma rede social, que decidiu não aceitar o convite, após a publicação de reportagens sobre sua condenação na CVM (Comissão de Valores Mobiliários) por uso de informação privilegiada em negociações na Bolsa em 2013. Ele nega.
“Forman agradeceu o convite para participar do conselho de administração e informou que as razões para tal decisão são de ordem pessoal, visando evitar qualquer tipo de constrangimento ou problema para a companhia, considerando as notícias veiculadas na imprensa, desde a sua indicação, sobre condenação em processo na CVM, que se encontra atualmente em discussão no judiciário”, destacou a Petrobras em nota.
Forman foi conselheiro da petroleira HRT (hoje chamada PetroRio) entre 2009 e 2012. Em setembro de 2016, foi condenado pela CVM a pagar multa de R$ 338.500 por uso de informações privilegiadas na venda de ações da companhia antes da divulgação de notícias negativas em 2013.
Forman questiona na Justiça a decisão da CVM, alegando que a condenação foi feita sem provas suficientes.
A indicação de Forman, Cox e Leal Ferreira é parte de um esforço do governo para renovar o conselho da estatal, indicando nomes mais alinhados com a nova gestão. Para isso, houve pressão para que conselheiros nomeados por Temer renunciassem ao cargo antes do fim do mandato, em 2020.
O colegiado tem onze cadeiras, oito delas reservadas a representantes da União, duas para acionistas minoritários e uma para representante dos trabalhadores da companhia.
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