O incêndio que atingiu o Parque Nacional de Brasília no último domingo (15) continua consumindo a área de preservação ambiental e já atingiu cerca de 700 hectares. Nesta segunda-feira (16), a capital federal amanheceu envolta por nuvem de fumaça e fuligem. A baixa umidade relativa do ar, decorrente da seca extrema de 146 dias sem chuva, prejudicam o trabalho de combate às chamas.
De acordo com informações do Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio), o Parque continua com focos ativos, apesar dos esforços do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal e dos agentes do PrevFogo, que também auxiliam na operação. Conforme o portal O Antagonista, todos os bombeiros do DF estão de sobreaviso e, mais de 200 agentes foram convocados para atuar contra a queimada.
Por conta da baixa qualidade do ar em Brasília, decorrente do incêndio no Parque Nacional, aulas da Universidade de Brasília (UnB) e escolas próximas a àrea de queimadas suspenderam as atividades. A fumaça se espalhou pela Asa Norte, encobrindo prédios e trazendo prejuízos para a saúde da população.
Nesta segunda (16), três agentes da Polícia Federal (PF) estiveram no Parque de Brasília para investigar a origem do fogo. Como não houve incidente natural que pudesse explicar o foco da queimada, as frentes de investigação trabalham na hipótese preliminar de incêndio criminoso.
Ações contra incêndios criminosos
Em entrevista, nesta segunda (16), o governador de Goiás, Ronaldo Caiado (UB), criticou a atuação do governo federal no combate às práticas criminosas relacionadas às queimadas que assolam parte do país. Caiado afirmou que o governo não liberou verbas suficientes para que os Estados agissem contra as ocorrências e limitou o teto de gastos.
O chefe do Executivo goiano afirmou que é preciso uma punição concisa para inibir esse tipo de prática, já que há fortes indícios de ações orquestradas para ocorrência de incêndios simultâneos em diversos pontos do Brasil. O governador afirmou que vai brigar pelo direito de tomar medidas administrativas e judiciais contra quem provoca incêndios criminosos. Ele sinalizou que vai acionar o Supremo Tribunal Federal (STF). “Se o governo federal é que tipifica o crime e ele cruza os braços, o cidadão continua incendiando o Brasil inteiro, então essa é a minha opção como governador”, frisou.
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