Segundo o defensor público Tiago Gregório, o motivo do incêndio no Centro de Internação Provisória (CIP) de Goiânia, causado pelos próprios internos, foi um protesto dos menores infratores contra uma possível transferência.
Segundo investigações preliminares, o incêndio da manhã desta sexta-feira (25) teria começado com a queima de um colchão. Por não existir janela na cela, os internos morreram asfixiados, segundo o defensor. Tiago também afirmou que a lista dos nove mortos não pode ser divulgada.
“Não há essa situação de que outros adolescentes tenham praticado. Foram os próprios adolescentes que estavam no alojamento que, aparentemente, protestavam e a situação acabou saindo de controle, por conta da falta de estrutura da unidade”, explicou Tiago.
O CIP é originalmente destinado para abrigo de adolescentes infratores que aguardam sentença. No entanto, o centro também alocava muitos menores em cumprimento definitivo de media socioeducativa de internação.
Apesar da superlotação e de não ser o local apropriado, os adolescentes prefeririam o CIP que outras unidades, como o Centro de Atendimento Socioeducativo (CASE), localizado no Conjunto Vera Cruz I.
Realocação
O defensor público informou que iria a antecipação da reavaliação das medidas socioeducativas, que acontecem todo mês, para realocar os adolescentes que não foram vítimas.
Os menores poderiam ser transferidos para outras unidades ou para outras celas do CIP, que não foram prejudicadas por estarem próximos à cela do acidente.
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