07 de agosto de 2024
SÉRIE AGROTÓXICOS • atualizado em 25/01/2024 às 09:40

Impune, agrotóxico despejado por avião sobre escola goiana completa dez anos

Durante o recreio, alunos de escola rural foram “pulverizados” com veneno; “Vou levar essa dor para o resto da vida”, afirma ex-diretor, que foi banhado por defensivo
Alunos foram para hospitais, em alguns casos várias vezes, por causa do inseticida -Imagem: Reprodução Tv Anhanguera
Alunos foram para hospitais, em alguns casos várias vezes, por causa do inseticida -Imagem: Reprodução Tv Anhanguera

A maior intoxicação humana por agrotóxicos da história de Goiás completou dez anos sem punição dos culpados. No ano passado, o maior acidente envolvendo contaminação de pessoas por defensivos agrícolas em Goiás, provavelmente o segundo maior do Brasil, completou uma década em Rio Verde onde um avião agrícola pulverizou uma escola. Contudo, o episódio permanece sem a punição dos responsáveis.

Ao todo, 122 pessoas, entre crianças de 4 anos e adolescentes de 16, além de professores e funcionários, foram expostas diretamente ao veneno Engeo Pleno.

O produto foi pulverizado por um piloto de monomotor agrícola sobre uma escola pública rural durante o recreio dos alunos. Causou sintomas instantâneos de intoxicação aguda e males de longo prazo (intoxicação crônica). Além disso, gerou um prolongado estresse pós-traumático em muitos dos expostos. Desde então, apesar da gravidade, ações sobre o ocorrido tramitam ainda hoje na Justiça Federal.

Lembrança dramática

Porém a data não foi lembrada por muita gente. O professor Hugo Alves dos Santos é uma exceção. Ele era o diretor da Escola Municipal Rural São José do Pontal, localizada no Projeto de Assentamento Pontal dos Buritis quando choveu veneno sobre a unidade.

Hugo nunca esquece os detalhes de tudo o que aconteceu naquele dia 3 de maio de 2013, a partir das 9h15. Não é para menos.

Ele estava do lado de fora e teve as roupas embebidas e a pele molhada pelo defensivo que caia do monomotor. Enquanto isso, assistia, sem alternativa, o produto atingindo também outros adultos e crianças que estavam no parquinho, na quadra da escola e outros espaços externos.

Então com 37 anos, em questão de minutos o diretor perdeu a capacidade de respirar naturalmente. Em seguida, foi levado de ambulância até um balão de oxigênio. Mas não foi o único. Assim, também 45 crianças precisaram de atendimento imediato e outras depois.

Dor sem fim

“Vou levar essa dor para o resto da vida”, afirmou ele ao Diário de Goiás, no depoimento para a sexta reportagem da série especial do jornal sobre o impacto dos agrotóxicos.

Mesmo transcorridos tantos anos, constantemente o relato do professor causa angústia em quem ouve. Isto porque gera certa incredulidade imaginar crianças brincando em uma escola, vulneráveis a um produto que sequer era apropriado para a lavoura de milho que, por outro lado, ficava a cerca de 15 metros de proximidade.

É que o defensivo aplicado, de classe toxicológica 3 (média toxicidade a humanos e alta ao meio ambiente) era, ao contrário, destinado ao lagarto da soja. Portanto, sequer poderia ser pulverizado no milharal, como foi, simultaneamente encobrindo a escola e as pessoas que lá estavam.

Fiocruz destaca caso de escola goiana em Mapa de Conflitos

Pela dimensão do ocorrido – gerando a maior intoxicação humana por agrotóxicos de Goiás e uma das maiores do Brasil – o acidente é destaque no Mapa de Conflitos Injustiça Ambiental e Saúde no Brasil.

O levantamento é divulgado pela Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). O episódio de Rio Verde é citado como um “crime ambiental emblemático”. Por outro lado, o mapa registra 637 conflitos no Brasil, nem todos relacionados a agrotóxicos.

O caso da escola de Rio Verde foi indexado com as seguintes informações: “Doenças não transmissíveis ou crônicas, Doenças respiratórias, Falta de atendimento médico, Piora na qualidade de vida, Violência – ameaça”.

Hugo, por exemplo, denunciou ter sido ameaçado várias vezes. “Mudei 8 vezes de lugar por medo. Chegavam ofertas de ‘cafezinho’ (suborno), e até de carro pra mim. Como eu recusei, vieram dizer que eu estava falando demais, que estava ofendendo gente de bem”, afirma. Entretanto, a pessoa que ele acusa morreu em um acidente anos depois, por isso a reportagem optou por não citar o nome.

Conforme o ex-diretor, tudo era decorrente da repercussão das entrevistas e depoimentos oficiais às autoridades, nos quais relatava os detalhes dramáticos do ocorrido.

Sintomas após a chuva de veneno

Além do clima de ameaça que foi registrado na época, a Fiocruz também descreveu: “A “chuva” de veneno intoxicou 42 pessoas, inicialmente. Pouco tempo após o contato com o agrotóxico, houve tonturas, boca seca, dor de cabeça, náuseas seguidas de vômitos, formigamento dos membros e falta de ar. Dez dias depois algumas crianças continuavam a apresentar sintomas relacionados à intoxicação com o veneno”.

Em junho daquele ano, profissionais da Associação Brasileira de Saúde Coletiva (ABRASCO), do Instituto Nacional de Câncer (INCA) e da Fiocruz, assessorada pelo Ministério Público Federal (MPF), visitaram a região. No grupo havia médicos toxicologistas, da área da saúde coletiva e outros.

MPF precisou intervir

Após a avaliação dos especialistas, o procurador da República que atuava no caso pelo MPF, Wilson Rocha Fernandes, hoje no Mato Grosso, recomendou a suspensão das aulas. A volta só deveria ocorrer após assegurado o integral restabelecimento das condições sanitárias e ambientais da escola, medida acatada pela Prefeitura de Rio Verde.

Imagem da sala de aula da escola atingida pela pulverização – Reprodução vídeo Brincando na chuva de veneno

Wilson conta que não acompanha mais o processo relativo à ação por danos morais coletivos que protocolou na época, no valor de R$ 150 mil. Nesse sentido, o MPF não localizou quem é o atual procurador da República hoje à frente do caso antes da publicação dessa reportagem, infelizmente.

Em outubro de 2013, portanto cinco meses depois do episódio, a Comissão de Direitos Humanos e Legislação Participativa do Senado foi até a escola apurar a denúncia de que 36 alunos e dois professores intoxicados continuavam com dificuldades para o básico: ter atendimento médico.

Sintomas persistiam

Ou seja, tantos meses depois eles ainda “apresentavam sintomas respiratórios, ardência nos olhos, dores de cabeça, alteração da pressão sanguínea e insônia”, cita a Fundação. Mesmo assim, denunciavam que não tinham o atendimento necessário. Algumas foram internadas mais de dez vezes por causa de recaídas.

Frente ao impacto da maior intoxicação humana por agrotóxicos da história goiana, a princípio a repercussão foi muito grande. Ao menos dois videodocumentários foram produzidos com depoimentos das crianças, professores e autoridades em saúde pública e do Judiciário que acompanharam o episódio chocante. Os filmes foram produzidos pela Essá filmes e parceiros.

Em um dos videodocumentários sobre o acidente, a menina Wendy Wyne Isabel de Lima, contou que as crianças assistiram a chuva de agrotóxico sendo derramada sobre elas. A estimativa é de que o avião passou várias vezes no local durante cerca de 20 minutos.

Assista os vídeos (o texto continua na sequência)

Brincando na chuva de veneno

Brincando na chuva de veneno: cinco anos depois

Vôo foi filmado por aluno

Imagem do avião captada por aluno mostra proximidade com escola – Reprodução Tv Anhanguera

Um adolescente do colégio chegou a filmar o avião e a imagem foi exibida pela Tv Anhanguera. As cenas  mostravam como o monomotor passou perto da escola.

Quem pilotava era David Colpo, a serviço da Aerotex Aviação Agrícola Ltda, de Rio Verde. Ele aplicava o agrotóxico Engeo Pleno, produzido pela Syngenta, sobre uma plantação de milho.

As crianças foram levadas para unidades de saúde das cidades próximas. Em um dos videodocumentários, Lia Giraldo, médica pesquisadora da Fiocruz afirma que também muito grave foi o despreparo dos médicos que receberam as crianças.

Alunos costumavam brincar no parquinho e na quadra no recreio escolar – Reprodução vídeo Brincando na chuva de veneno

No depoimento, ela afirma que, de antemão, houve mais empenho em descaracterizar o que tinha acontecido, ou seja, a contaminação por veneno agrícola, do que tratar a intoxicação.

Caso mais grave já visto por especialista

Destacado pesquisador dos impactos dos agrotóxicos sobre saúde e meio ambiente, o médico e Doutor em Saúde Pública Wanderley Pignati esteve em Rio Verde na época da chuva de agrotóxico sobre a escola. Na ocasião, ele disse que era o “surto mais grave de intoxicação  por agrotóxicos do Brasil”.

Porém, a contaminação de aproximadamente 1.400 pessoas da Cidade dos Meninos (RJ) por 360 toneladas do agrotóxico pó de broca (hexaclorociclohexano, o HCH, abandonadas há mais de 60 anos), foi a maior do país. A impressionante história foi relembrada por uma tocante reportagem do Repórter Brasil em parceria com a Agência Pública, em 2021.

Desconhecimento dos médicos

Ainda sobre o caso de Rio Verde, Wanderley Pignati observou que os médicos sequer sabiam fazer o manejo da situação para realizar uma descontaminação adequada das vítimas.

Ainda assim, os alunos voltaram às aulas antes mesmo da descontaminação também da própria escola. E tiveram aulas por cerca de dois meses. Isso levou vários deles a novamente necessitarem de internações. Foi só então, e por determinação da Justiça, que a escola foi descontaminada por uma empresa especializada.

“O pessoal veio de outro estado e lavou as carteiras, as paredes e tudo mais com um produto específico para remover o veneno, de tão sério que era a situação”, lembra o ex-diretor Hugo.

Como mostrou reportagem do DG, Goiás, e grande parte do Brasil, não possui sequer um programa criado pelo Ministério da Saúde para pessoas expostas aos agrotóxicos. Em Goiás, desde 2021 ele deveria estar implantado na maioria dos 47 municípios prioritários, segundo os próprios órgãos de saúde.

Leia a reportagem:

Goiás não tem nenhuma cidade com programa para populações expostas a agrotóxicos

Inocentes, alunos correram atrás do avião, “achando bonito”

Jenyfer Joice Honorato de Almeida, outra aluna que gravou depoimento, contava que, sem ter noção do perigo, as crianças correram atrás do avião, “achando bonito” o sobrevoo.

Os depoimentos ilustram que elas assistiram o produto sendo despejado e deixando uma névoa espessa no ar. Minutos depois começaram a sentir coceiras insuportáveis pelo corpo, náuseas e dificuldade para respirar.

Escola Rural São José do Pontal atingida pelo agrotóxico – Imagem: reprodução / Redes sociais

A proximidade da aeronave com o solo foi tão grande que o ex-diretor da escola conta que sentiu o calor do motor. E, ao perceber que estava com a pele e a roupa molhada e cheirando a veneno, saiu correndo, tentando inutilmente avisar o piloto do risco à escola.

“Tirei a camisa que eu vestia e saí feito louco, agitando ela para o piloto ver o que estava fazendo. Tinha crianças no parquinho, na quadra de esportes. Tinha carros, microônibus, kombi escolar e mesmo assim ele deu a volta e passou de novo sobre a escola, bem baixinho”, relembra Hugo em tom amargurado.

Ex-diretor trata câncer

Agora com 47 anos, ele afirma que nunca ficou provado que o câncer de pele que trata no Hospital do Câncer de Barretos (SP), e outros problemas de saúde dos quais padece, foram frutos do banho de agrotóxicos daquele 3 de maio. “Mas eu não tenho dúvidas, assim como alguns alunos bem jovens que têm sérios problemas de saúde hoje”.

Ex-diretor Hugo Alves dos Santos – imagem: reprodução / vídeo Brincando na chuva de veneno

Ele se referia a pessoas como o ex-aluno Gilclésio dos Santos Teodoro, que tinha 16 anos na época. O adolescente brincava na quadra aberta da escola na hora em que o monomotor passou.

Hoje com 27 anos, Gilclésio foi diagnosticado com câncer de próstata, conforme relatou ao DG a mãe do rapaz, a dona de casa Anísia Andrade dos Santos, 43.

Pesadelo interminável

Anísia também considera o que houve na escola um pesadelo interminável para os alunos, professores, funcionários e seus familiares. Para ela, não justifica que a maior intoxicação humana por agrotóxicos da história de Goiás tenha completado dez anos sem haver a punição aos culpados.

“A gente nem morava no assentamento. Meu filho apenas estudava na escola. Como ele não passou mal de imediato, foi embora para casa sem sequer ser levado ao médico naquele dia. No dia seguinte, amanheceu com convulsões e febre alta. Desde então a saúde dele nunca mais foi a mesma. Até transplante de fígado os médicos falaram que iriam fazer nele”, desabafa.

Parte dos expostos naquele dia fez acordo com as empresas investigadas e denunciadas pelas autoridades como sendo as responsáveis pela pulverização de veneno sobre a escola. Corre pela região a informação de que os valores giraram em torno de R$ 10 mil, mas a informação não pode ser confirmada. A reportagem não conseguiu localizar nenhum dos que fizeram acordo.

Advogado recomenda persistência frente à impunidade sobre a maior intoxicação por agrotóxicos da história de Goiás

Entre os que não fizeram acordo, estão o ex-diretor Hugo Alves e a família de Gilclésio. Mas eles são muito mais pessoas, de acordo com o o advogado Cleuto Freitas. Ele pertence a um escritório de advocacia que faz a defesa de movimentos populares e está à frente de algumas ações.

O defensor relatou ao DG que encaminhou às famílias atingidas uma relação de documentos para que elas criem uma associação visando se habilitarem no processo. Isto, segundo ele, porque mesmo dez anos depois da maior intoxicação grupal por agrotóxicos da história goiana seguir impune, o Judiciário argumentou que não seria possível uma ação coletiva movida pelo escritório e sim por uma associação das vítimas.

“Essas pessoas não devem desistir frente aos problemas crônicos previsíveis que estão tendo ou terão, e também para direitos previdenciários. Por este motivo, as ações são contra as empresas Aerotex e Syngenta pela culpa direta. E também contra o Município, o Estado e a União por responsabilidade solidária”, detalhou o advogado.

Ele explica que, na Justiça Federal tramita uma ação cautelar com a finalidade de resguardar a saúde das famílias e também assegurar que as empreses tivessem condições financeiras de pagar os danos morais e materiais.

Com isso, transcorrido tanto tempo, um grande número de pessoas que se sente moral e economicamente prejudicadas pela chuva de veneno, continua, acima de tudo, esperando por Justiça.

De acordo com ele, na Justiça Estadual, ocorreram diversas ações de indenização. “Ao final houve acordos. Nesses acordos, foram pactuados que a empresa Aerotex pagasse a título de indenização os valores entre 10 mil e 13 mil reais. Também as famílias que assinaram e aceitaram o acordo abriram mão de qualquer outro direito que poderia ocorrer”, relata.

Região continua crítica

De sua parte, o ex-diretor Hugo alerta que a região continua com grande incidência de episódios de pulverização próximo de outras escolas, citando duas como as mais sensíveis à repetição de 2013. “Não há repercussão porque os pais desses alunos são empregados das empresas responsáveis pela aplicação dos agrotóxicos. Eles são escravos dessa relação”, acrescenta.

De antemão, como repúdio ao ocorrido em Rio Verde e à pulverização aérea de maneira geral, a Campanha Permanente Contra os Agrotóxicos e Pela Vida [citada em reportagem do Diário de Goiás do dia 11 de janeiro],  publicou em 06 de maio de 2013 uma nota reivindicando o banimento da pulverização aérea de agrotóxicos no Brasil.

Projeto tentou proibir pulverização aérea em Goiás

Em Goiás um projeto de lei chegou a tramitar na Assembleia Legislativa (Alego) no ano passado tentando impedir a pulverização aérea de defensivos agrículoas no Estado. O projeto propunha alterar a lei A Lei nº 19.423, de 26 de julho de 2016.

Essa legislação dispõe sobre a produção, o armazenamento, o comércio, o transporte interno, a utilização, o destino final de resíduos e embalagens, a inspeção e a fiscalização de agrotóxicos, seus componentes e afins. O projeto acrescentava que está vedada a pulverização aérea de agrotóxicos no Estado, alegando que “essa prática pode prejudicar a saúde dos goianos e o meio ambiente”.

 A proposta, enfim, foi apresentada em junho último pelo deputado estadual Antônio Gomide (PT) e tramitou alguns meses pela Alego. Primeiramente, o deputado se baseou em lei igual existente no Ceará e que foi considerada constitucional pelo Supremo Tribunal Federal (STF) em maio de 2023. Na justificativa, por analogia aos perigos, Gomide citou o caso dramático da escola rural de Rio Verde.

Contudo isso não foi suficiente para a matéria continuar tramitando. Conforme Gomide, o projeto foi arquivado pelos deputados com um único voto contra esse arquivamento. Em suma, o dele.

Versão do outro lado

Hoje piloto-chefe da Aerotex, Davi Colpo segue a carreira normalmente. Ele, inclusive, é referenciado no setor. No ano passado, por exemplo, participou de live organizada pelo Instituto Brasileiro de Aviação Agrícola (Ibravag) falando sobre segurança de voo e os pilotos. O assunto foi destaque na Revista da Aviação Agrícola em 24 de agosto de 2023.

Na época do episódio ele, o dono da empresa, Ruy Alberto Textor, e o responsável técnico pela pulverização, Leandro Farina, chegaram a ser presos. Foram soltos dois dias depois após uma fiança de R$ 25 mil.

A reportagem do DG enviou mensagens para a Aerotex – visando ouvir a versão de Ruy, Leandro e David -, e para a Syngenta, denunciados pelo ocorrido na escola rural em 2013. Porém, apenas a Syngenta respondeu, e a quase tudo o que foi perguntado. Não informou apenas se fez algum acordo com as vítimas.

Confira a nota da fabricante do produto

Sobre o incidente de maio de 2013, em Rio Verde (GO), e conforme temos destacado desde então, a Syngenta informa que:

Lamentamos o ocorrido, que é objeto de uma Ação Civil Pública e sobre a qual foi proferida uma decisão em primeira instância pela 1ª Vara de Rio Verde (GO). A Syngenta apresentou um recurso e aguarda a decisão.

A empresa promove regularmente treinamentos para que os produtos que comercializa sejam utilizados de forma correta e segura, seguindo as recomendações na bula dos produtos e no receituário agronômico.

A empresa não teve participação na atividade que estava sendo desenvolvida quando aconteceu o incidente, mas prestou apoio ao município na época do incidente, provendo o serviço de toxicologistas especializados para colaborar no tratamento de pessoas que haviam sido expostas.

Diário de Goiás preparou série

Esta reportagem mostrando que a maior intoxicação humana por agrotóxicos da história de Goiás completou dez anos sem haver a punição aos culpados, é a sexta de uma série que o Diário de Goiás preparou. A intenção é abordar e contribuir com o debate sobre as implicações do consumo de agrotóxicos em Goiás e no Brasil. Para a produção da série, foram consultados cientistas, pesquisadores de campo, produtores rurais e órgãos públicos, ao mesmo tempo em que foi levado em conta o conteúdo de dezenas de publicações a respeito.


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