O segundo massacre em menos de uma semana em presídios no Brasil repercutiu na imprensa internacional. O “Washington Post” chamou a chacina de “derramamento de sangue em prisões”, e a Al Jazeera creditou a crise em presídios a uma “escalada na guerra entre facções”.
Quatro dias após a morte de 60 detentos em duas penitenciárias de Manaus (AM), pelo menos outros 31 presos foram assassinados na madrugada desta sexta (6), desta vez na maior penitenciária de Roraima. Inicialmente, o governo informou que foram 33 mortos, mas baixou a contagem no fim da tarde.
Nesses seis primeiros dias de janeiro foram registradas 93 mortes em presídios no Brasil. Esse número representa cerca de 25% do total de mortes registradas em todo o ano passado (372).
“O banho de sangue vem poucos dias depois que 56 pessoas morreram em um massacre em um presídio na cidade de Manaus, aumentando o temor de que se intensifique a guerra entre facções pelo controle do tráfico de cocaína no Brasil”, ressalta o “New York Times”.
“Imagens chocantes mostram uma pilha de corpos mutilados, alguns sem membros e cabeças, até mesmo sem coração, com manchas de sangue no corredor do presídio”, destaca o “Guardian”.
Folhapress
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