24 de dezembro de 2025
MUDANÇAS NA COBRANÇA

IMAS deve passar a cobrar dependentes em modelo semelhante ao do Ipasgo, diz Mabel

Sandro Mabel diz que modelo seguirá o Ipasgo, nega privatização e afirma que reestruturação é a última tentativa de salvar o IMAS antes de extinção
Prefeito deu como certo seguir modelo de cobrança adotado pelo Estado - Foto: arquivo / Secom Goiânia
Prefeito deu como certo seguir modelo de cobrança adotado pelo Estado - Foto: arquivo / Secom Goiânia

O  Instituto Municipal de Assistência à Saúde dos Servidores de Goiânia (IMAS) pretende cobrar pelo atendimento aos dependentes dos titulares dos serviços, seguindo modelo parecido com o do Serviço Social Autônomo de Assistência à Saúde dos Servidores Públicos e Militares de Goiás (Ipasgo Saúde), aprovado recentemente. A forma de cobrança e uma empresa para gerir o IMAS estão sendo estudadas, informou o prefeito Sandro Mabel em entrevista veiculada pela Tv Anhanguera nesta quarta-feira (24).

Mabel destacou que a cobrança dos dependentes faz parte da reestruturação que a prefeitura está fazendo no instituto. “Não estou satisfeito com o IMAS, como as pessoas, os usuários, também não estão. Então, nós precisamos dar uma reformulada no IMAS, como o Ipasgo foi agora recentemente. Você precisa achar a tarifa certa pra cada pessoa. Lá [no IMAS] tem um funcionário que pagou 80 reais e tem 08 dependentes. O plano vai se adequar”, destacou Mabel.

Ele disse que isso não significa reajuste dos valores pagos pelos titulares. “Tem pessoas que hoje pagam mais e que vão pagar menos. E tem pessoas que não pagam e que vão ter que pagar. Tem pessoas que têm 70 anos que têm que pagar como 70 anos. Tem pessoas que têm 5 anos de idade que vão pagar como 5 anos de idade”, completou. 

Segundo ele, essa mudança visa dar “capacidade para tocar o IMAS”. De acordo com Mabel, o edital para encontrar uma empresa apta a gerir a crise do instituto já foi aberto. “Esse pessoal vai administrar tudo isso”, disse, citando presidência e área financeira, por exemplo.

Assim como deixou claro em meados de novembro último, quando falou sobre a reestruturação no Ministério Público de Goiás (MPGO, Mabel continua dando ultimatos ao instituto. Ou seja, ou o IMAS se reequilibra, ou pode ser extinto. “É a última tentativa que eu vou fazer no IMAS”, reiterou na entrevista.

Por outro lado, Mabel negou que esteja falando em privatizar ou terceirizar o IMAS, que está mergulhado em dívidas junto a fornecedores e prestadores de serviço. Ele garantiu que a administração do Instituto continuará sendo da Prefeitura.

O instituto acumula uma dívida milionária, que girava em torno de R$ 226 milhões em março, e enfrenta um déficit mensal significativo. 

Mabel e representantes da administração municipal apresentaram ao MPGO – onde tramita inquérito civil público sobre a questão -, uma prévia de um plano de transformação estrutural do instituto que era cobrado pelas promotorias. Como mostrou o Diário de Goiás na época, o plano prevê aliviar o sufoco do órgão no período de um ano e depois, se o resultado ruim persistir, extinguir o IMAS. Essa hipótese foi tratada como legítima pelo MPGO, já a terceirização não.


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