O Instituto Chico Mendes de Conservação da Biodiversidade (ICMBio) relatou ao governo de Goiás que não usou retardante de fogo na região da Área de Proteção Ambiental (APA) do Pouso Alto, em Alto Paraíso, informou nesta terça-feira (20) a Secretaria de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável (Semad).
Moradores da região haviam denunciado o uso do produto para conter a queimada que devastou parte do Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros. O retardante foi empregado em incêndios que atingiram áreas dos dois parques no fim de setembro.
A Semad enviou documento ao chefe do parque, Luís Henrique Mota de Freitas Neves, com informações sobre a unidade de conservação e relatos da internet de que o retardante teria sido utilizado.
No texto a Semad, que se apresenta na qualidade de órgão responsável pela gestão da Área de Proteção Ambiental de Pouso Alto, solicitou informações se o produto foi lançado somente em áreas da Chapada dos Veadeiros ou também no interior da APA de Pouso Alto. Caso a resposta fosse positiva, em que localização, qual a sua composição e possíveis impactos sobre a água, o solo, a fauna e flora da região.
Perigos do retardante
Um parecer publicado em 2018 pelo Instituto Brasileiro do Meio Ambiente e dos Recursos Naturais Renováveis (Ibama), que alerta para o consumo de água e alimentos retirados do solo por um período de 40 dias após a aplicação do produto. Ainda que tenha sido classificado, à época, como pouco tóxico e pouco persistente, técnicos do Ibama solicitaram a suspensão da compra.
Em nota, a Semad esclarece que, acerca das informações amplamente divulgadas na Internet sobre a aplicação do retardante, não há registro de regulamentação do produto químico no estado. Conforme a pasta, caso fosse comprovada a sua utilização em área pertencente à APA de Pouso Alto, que o seu emprego não teria sido consultado junto às autoridades goianas.
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