O Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE) divulgou nesta terça-feira (25), os números do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo 15 (IPCA-15). O indicador, que é uma prévia da inflação do mês, apontou aumento de 0,16% em outubro.
O crescimento foi puxado pelos setores de Vestuário e Saúde, enquanto os Combustíveis mantiveram a queda, com recuo de 6,14%, influenciando na redução do setor de Transportes, com -0,64%. Os grupos de Comunicação e Artigos de Residência também caíram este mês, com -0,42% e -0,35%, respectivamente.
A alta no setor de Saúde foi influenciada pela elevação nos planos de saúde, que subiram os preços em 0,80% em outubro. De acordo com o IBGE, o aumento dos itens de higiene também favoreceu o crescimento. “Essa aceleração foi influenciada por reajustes autorizados pela Agência Nacional de Saúde Suplementar (ANS) nos planos de saúde contratados antes da Lei nº 9.656/98 e com vigência retroativa desde julho. O aumento nos preços de itens de higiene pessoal (1,10%) também influenciou a alta no grupo”.
Já o setor e Vestuário apresentou maior variação entre os grupos, com destaque para o aumento no preço de calçados, acessórios, roupas infantis e jóias e bijuterias. As roupas para adultos, tanto masculinas quanto femininas, apresentaram desaceleração em comparação com o mês anterior.
O setor de Alimentação e Bebidas, que havia recuado em setembro, voltou a subir. Segundo o IBGE, o culpado é o aumento dos preços das frutas e verduras, como o tomate, cebola e batata-inglesa, por exemplo. Já alguns itens, como o leite longa vida, o óleo de soja e as carnes apresentaram queda.
O setor de Habitação foi influenciado pelo aumento de 0,07% da energia elétrica, apresentando alta de 0,28% este mês. Além disso, a taxa de tratamento de água e esgoto também aumentou em 0,39%.
O IPCA-15 é o indicador de referência no período entre 15 de setembro a 13 de outubro de 2022, comparados aos dados vigentes do período de 13 de agosto a 14 de setembro de 2022. A coleta de informações foi feita para famílias com rendimento de um a 40 salários mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e Goiânia.