Em Goiânia, o Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA) de agosto, influenciado pela queda dos combustíveis, caiu 0,32%, após ter caído 2,12% em julho, que foi a maior queda da série histórica iniciada em janeiro de 1991 para o município de Goiânia. Com isso, o índice acumulado no ano cai para 3,00% e o acumulado nos últimos doze meses fica em 7,50% na capital do estado.

No país, a inflação foi de -0,36% em agosto, segundo mês seguido de deflação. A queda foi menos intensa do que a registrada em julho (-0,68%), quando a taxa foi a menor desde o início da série histórica da pesquisa, em janeiro de 1980. No ano, a inflação acumulada é de 4,39% e, nos últimos 12 meses, de 8,73%.
Combustíveis de veículos pressionam a queda do mês, com variação de -9,74%
A segunda queda do IPCA em Goiânia, no ano de 2022, foi explicada novamente pela queda dos Combustíveis de veículos, que caíram 9,74% em agosto, após ter variado -19,62% em julho. Com isso, o índice acumula queda de 23,83% no ano e de 15,91% em 12 meses. Entre os subitens, destaca-se a gasolina, que caiu 10,60% em agosto, acumulando -25,81% no ano. O etanol também caiu no mês, variando -7,77% e acumulando -25,30% no ano de 2022. O óleo diesel apresentou a sua primeira queda em 2022, variando -2,82%. Contudo, ainda possui acumulado positivo de 33,77% no ano e de 54,88% em 12 meses.

Ainda no grupo dos Transportes (-2,54%), destaca-se a queda da passagem aérea, -9,85%, em agosto. Com isso, o subitem cai 2,78% no ano, mas mantém acumulado positivo nos últimos 12 meses (63,01%), devido às altas nos meses de maio de 2022 (24,77%), dezembro de 2021 (24,92%) e setembro de 2021 (28,85%).
Também houve quedas nos grupos dos alimentos, destaque para o óleo de soja que caiu 5,48% em agosto
O grupo Alimentação e bebidas apresentou uma tímida queda em agosto, -0,06%. Entre os itens com maiores quedas, destaca-se o óleo de soja (-5,48%), o contrafilé (-1,89%), o pão francês (-1,30%) e o feijão carioca (-8,04%). Contudo, nenhum desses subitens compensaram as altas que tiveram no ano, apresentando acumulados positivos em 2022. Ainda mantiveram aumentos, em agosto, a refeição (0,75%), o lanche (1,21%) e o leite longa vida (0,34%). Destaque para esse último que já acumula alta de 68,74% em 2022. A Tabela 3 mostra as variações mensais e acumuladas dos subitens com maiores pesos na cesta de compras das famílias com rendimento entre 1 e 40 salários-mínimos, destacando as maiores variações do mês.

agosto de 2022
Entre os grupos, as quedas ocorreram nos Transportes (-2,54%), Comunicação (-1,11%) e Alimentação e bebidas (-0,06%). As principais altas ocorreram nos grupos: Vestuário (1,79%), destaque para Roupa feminina que subiu 2,87% no mês e acumula 18,27% no ano; Saúde e cuidados pessoais (1,02%), com alta no Plano de saúde (1,16%); e Artigos de residência (0,75%), com altas nos Eletrodomésticos e equipamentos, que subiram 0,58% em agosto, acumulando 15,91% em 2022.

Goiânia registra a quarta menor queda do país em agosto
Regionalmente, três das 16 áreas tiveram alta em agosto. A maior variação positiva foi em Vitória (0,46%), influenciada pela alta de 11,16% na energia elétrica. O menor resultado, por sua vez, ocorreu em Recife (-1,40%), puxado pela queda de 16,23% nos preços da gasolina. Goiânia teve queda de 0,32%, a quarta menor variação do país, com influência da queda dos preços da gasolina (-10,60%) e da passagem aérea (-9,85%), o que contribuiu para o acumulado de 3% ao ano, segundo menor do país.

Impacto da queda dos preços é menos expressiva entre as famílias com menor rendimento
O INPC de Goiânia registrou queda de 0,07% em agosto de 2022, com acumulado de 3,68% no ano. A queda foi a segunda menor do país e manteve-se aquém da registrada no IPCA goianiense (-0,32%), o que indica que a redução de preços foi menos sentida no bolso das famílias de menor rendimento. Em nível nacional, o índice registrou baixa de 0,31% no mesmo período. O INPC abrange as famílias com rendimentos entre 01 e 05 salários-mínimos, sendo o chefe assalariado, e abarca dez regiões metropolitanas do país, além dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís, Aracaju e de Brasília.

Dos nove grupos analisados pela pesquisa, três apresentaram queda no INPC de agosto em Goiânia. O grupo dos Transportes registrou variação negativa de 2,14%, puxado sobretudo pelas quedas no preço da gasolina (-10,60%) e do etanol (-7,77%). Em segundo lugar, Comunicação apresentou variação de -1,06%, principalmente em virtude das quedas no plano de telefonia fixa (-9,09%) e plano de telefonia móvel (-2,05%).
Seis grupos pesquisados registraram alta no INPC de agosto. Vestuário (1,78%), Saúde e cuidados pessoais (1,37%) e Artigos de residência (1,02%) apresentaram as maiores variações positivas.

agosto de 2022
Mesmo com queda no valor da mão de obra em Goiás, custo do metro quadrado da construção civil sobe devido às altas dos materiais
O Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi), subiu, em Goiás, 0,71% no mês de agosto, após ter alcançado 1,22% em julho. Com isso, o índice já acumula 12,17% no ano e 19,69% nos últimos 12 meses. Assim, o custo médio do metro quadrado subiu para R$ 1.666,09 em Goiás.

No Brasil, o Índice Nacional da Construção Civil (Sinapi) subiu 0,58%, caindo 0,90 ponto percentual em relação à taxa de julho (1,48%). Este foi o segundo menor índice do ano, acima apenas de fevereiro. Com isso, o acumulado nos últimos doze meses ficou em 13,61%, resultado pouco abaixo dos 14,07% registrados nos doze meses imediatamente anteriores.
O custo goiano da construção, por metro quadrado, subiu para R$ 1.666,09 em agosto, sendo R$ 1.015,29 relativos aos materiais e R$ 650,80 à mão de obra. É a primeira vez na pesquisa que o componente dos materiais ultrapassa o valor médio de mil reais em Goiás. Enquanto o componente mão de obra cai 3,64%, o componente material, por sua vez, subiu 3,72% em relação ao mês anterior.

O custo nacional da construção, por metro quadrado, foi de R$ 1.661,85 em agosto, sendo R$ 994,67 relativos aos materiais e R$ 667,18 à mão de obra. Em julho, o custo nacional fechou em R$ 1.652,27. A parcela dos materiais apresentou taxa de 0,69%, registrando queda tanto em relação ao mês anterior (1,38%), como a agosto de 2021 (1,62%), 0,69 e 0,98 pontos percentuais respectivamente.
Sobre o IPCA e o INPC
O IPCA abrange as famílias com rendimentos de 1 a 40 salários-mínimos, enquanto o INPC as famílias com rendimentos de 1 a 5 salários-mínimos, residentes nas regiões metropolitanas de Belém, Fortaleza, Recife, Salvador, Belo Horizonte, Vitória, Rio de Janeiro, São Paulo, Curitiba, Porto Alegre, além do Distrito Federal e dos municípios de Goiânia, Campo Grande, Rio Branco, São Luís e Aracaju.
Sobre o Sinapi
O Sistema Nacional de Pesquisa de Custos e índices da Construção Civil – SINAPI, uma produção conjunta do IBGE e da Caixa Econômica Federal – Caixa, tem por objetivo a produção de séries mensais de custos e índices para o setor habitacional, e de séries mensais de salários medianos de mão de obra e preços medianos de materiais, máquinas e equipamentos e serviços da construção para os setores de saneamento básico, infraestrutura e habitação.
As estatísticas do SINAPI são fundamentais na programação de investimentos, sobretudo para o setor público. Os preços e custos auxiliam na elaboração, análise e avaliação de orçamentos, enquanto os índices possibilitam a atualização dos valores das despesas nos contratos e orçamentos.
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