22 de dezembro de 2024
Depoimento

Ibaneis Rocha presta depoimento à Polícia Federal

O governador solicitou ao ministro Alexandre de Moraes antecipação para ser ouvido e esclarecer o ocorrido em Brasília no dia 8 de janeiro
Ibaneis Rocha foi afastado do cargo por 90 dias. (Foto: Divulgação)
Ibaneis Rocha foi afastado do cargo por 90 dias. (Foto: Divulgação)

Afastado por 90 dias após determinação do ministro Alexandre de Moraes do Supremo Tribunal Federal (TSF), o governador do Distrito Federal Ibaneis Rocha (MDB), presta depoimento à Polícia Federal nesta sexta-feira (13) no âmbito do inquérito que investiga os atos golpistas em Brasília no último domingo (8).

O depoimento se deu após Ibaneis pedir ao ministro para esclarecer todas as circunstâncias acerca do procedimento do Governo do Distrito Federal relativamente aos fatos ocorridos no último domingo.

Desde que foi afastado, esta é a primeira vez que Ibaneis presta depoimento à Polícia Federal após os ataques bolsonaristas. De qualquer forma Ibaneis seria intimado para dar depoimento. Mas o próprio governador antecipou o pedido para ser ouvido.

 Ibaneis Rocha liberou no último sábado (07/01) a Esplanada dos Ministérios para manifestações bolsonaristas que contestam o resultado do segundo turno nas eleições de outubro, quando o presidente Lula (PT) derrotou Jair Bolsonaro (PL). Vale lembrar que, apesar do tom golpista, os atos poderão ocorrer se forem pacíficos.

Rocha destacou ao jornal Metrópoles que a ordem dada às forças de segurança do Distrito Federal foi par que seja mantida “a tranquilidade e a segurança”. O governador destacou que a liberação do espaço se dá na condição das manifestações seram pacíficas.

Portanto, após os atos de vandalismo e depredações em Brasília, Ibaneis foi afastado de seu cargo por 90 dias em determinação ministro Alexandre de Moraes. O magistrado considerou as ações do chefe do Executivo do DF como “dolosamente omissiva”.

O ministro disse, ainda, que os atos terroristas deste domingo só podem ter tido a anuência do governo do DF, uma vez que os preparativos para a “arruaça” eram conhecidos.

“A escalada violenta dos atos criminosos resultou na invasão dos prédios do Palácio do Planalto, do Congresso Nacional e do Supremo Tribunal Federal, com depredação do patrimônio público, conforme amplamente noticiado pela imprensa nacional, circunstâncias que somente poderiam ocorrer com a anuência, e até participação efetiva, das autoridades competentes pela segurança pública e inteligência, uma vez que a organização das supostas manifestações era fato notório e sabido, que foi divulgado pela mídia brasileira”, escreveu Moraes na decisão.


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