O ex-presidente do Vila Nova Futebol Clube, Hugo Jorge Bravo, defendeu a importância da continuidade do mesmo grupo de trabalho na gestão do clube colorado, ao analisar modelos administrativos adotados no futebol brasileiro. O dirigente que hoje atua no comando do futebol no Onesio Brasileiro Alvarenga – concedeu entrevista ao jornalista Gerliezer Paulo, no Canal Futebol 62 no YouTube.
Para Hugo Jorge Bravo, projetos que começam sem organização dificilmente alcançam bons resultados. “Não há dúvida nenhuma: o que começa errado dificilmente termina de forma certa. Para dar certo, é preciso começar do jeito certo e se manter dentro do que é correto”, afirmou o dirigente que esteve no principal cargo do Vila Nova por seis anos.
Ao comparar modelos associativos e SAFs, Hugo Jorge Bravo destacou que sucesso não pode ser medido apenas pelo dinheiro investido, mas pela capacidade de cumprir metas e evoluir ao longo do tempo. “Muitas pessoas associam sucesso apenas a dinheiro, mas não é só isso. Em muitos momentos, sucesso é cumprir metas, evoluir em relação ao que você era ontem”, disse. Hugo também fez um alerta sobre o modelo SAF no Brasil, afirmando que há muita ilusão e poucos projetos realmente estruturados, citando exemplos de clubes que prometeram crescimento rápido, mas acabaram enfrentando crises profundas.
Como contraponto, Hugo Jorge Bravo apontou casos de estabilidade administrativa que, segundo ele, explicam resultados esportivos consistentes em gestões dentro do futebol brasileiro. “O que sustenta um clube é a estabilidade construída ao longo do tempo. O Atlético-GO é um case claro: existe uma linha de trabalho contínua, com uma liderança (Adson Batista) definida, que vem sendo mantida há anos. O Mirassol também é outro exemplo de modelo associativo bem-sucedido, com o Juninho à frente há mais de duas décadas, plantando e colhendo frutos. No caso do Novorizontino, mesmo sendo SAF, há continuidade com os mesmos gestores, os primos Robertinho e Jorginho, mantendo o projeto sólido”.
Principal Conquista
Ao ser questionado por Gerliezer Paulo a respeito da principal conquista alcançada em sua gestão, Hugo Jorge Bravo não citou nenhum troféu alcançado: “A construção do Centro de Treinamento. É um divisor de águas na história do clube. A nova estrutura elevou o patamar de trabalho e possibilitou a implantação de metodologias modernas, especialmente nas categorias de base, algo que antes era inviável sem um espaço adequado”, explicou.
“Além do impacto esportivo, o CT também foi fundamental para a recuperação da credibilidade e da imagem institucional do Vila Nova. Essa mudança de mentalidade refletiu diretamente na postura esportiva. O clube abandonou o que foi chamado de – síndrome do vira-lata – e passou a competir de igual para igual, com coragem e ambição”, finalizou.
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