Com mais de R$ 10 milhões previstos em investimentos para 2025, o Hub Cerrado intensifica sua atuação como motor do ecossistema de inovação no Centro-Oeste, com foco em inteligência artificial, economia criativa e transformação digital de empresas tradicionais. A meta é ousada: consolidar Goiânia como a capital da inteligência artificial no Brasil.
“Estamos vivendo agora o que pode ser o nosso maior marco. O momento em que conseguimos a atenção de todos, empresas, governo e sociedade para um tema que está mudando a vida das pessoas: a inteligência artificial”, afirma Silvana de Oliveira, CEO do Hub Cerrado em entrevista ao Diário de Goiás. Em parceria com a AI Brasil, de São Paulo, e com o Centro de Excelência em Inteligência Artificial (Ceia), o Hub lidera iniciativas para ampliar o uso consciente e estratégico da IA na cidade.
Muita gente ainda não percebe, mas já usa IA diariamente no Waze, Netflix ou até no desbloqueio facial do celular. Nosso trabalho é mostrar isso e preparar as pessoas para um mercado de trabalho em transformação.
O aporte de R$ 10 milhões será distribuído entre diversas frentes. Entre os destaques estão programas de capacitação em IA para empresas com 30 já participando, formações voltadas a jovens na economia criativa, e o lançamento de um fundo para investir em startups no segundo semestre. “A gente faz muita formação e acompanhamento. Temos projetos como o conselho estratégico de inovação, as rotas de inovação que levam empresários a ambientes como o Ceia e a Soluti e o curso para formação de investidores”, explica Silvana.
Desde sua fundação em 2019, o Hub Cerrado tem ampliado sua presença no cenário de inovação goiano. Com mais de 80 startups incubadas, 490 empresas associadas e mais de 150 negócios impulsionados, o espaço promove encontros, mentorias e programas como o Acelera Cerrado, voltado para startups que já testaram seus produtos mínimos viáveis (MVPs) e buscam expansão no mercado. Já o Cerrado Lab foca na transformação digital de empresas tradicionais, oferecendo soluções em tecnologia e inovação organizacional.
Outro ponto estratégico para 2025 é o fortalecimento da atuação no agronegócio. A parceria com a AgroSelections marca uma nova fase do Hub, com ações voltadas a tecnologias no campo. “Hoje já temos tratores autônomos, herbicidas inteligentes e sistemas que identificam pragas por imagem. Com essa parceria, passamos a contar com uma pessoa dedicada exclusivamente à inovação no agro, o que reforça nosso compromisso com um setor em que Goiás é referência nacional”, destaca a CEO.
Para além das tecnologias, Silvana ressalta a importância da conscientização. “Nosso desafio é mostrar que a inteligência artificial já está inserida na rotina das pessoas e que precisamos preparar a sociedade para as mudanças que virão. Muitos empregos desaparecerão, mas outros tantos surgirão. É essencial que as pessoas compreendam e se antecipem a esse novo cenário.”
Com uma estrutura que inclui coworking, auditórios, salas privadas e suporte a benefícios fiscais, o Hub Cerrado se consolida como um ambiente de conexão entre ideias, talentos, investidores e empresas. Em 2025, a meta é ampliar esse impacto. “Queremos que Goiânia seja vista não só como capital do agro, mas também como polo nacional de tecnologia e inteligência artificial”, conclui Silvana.
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