A responsável pela investigação sobre estupro coletivo no Rio de Janeiro, a delegada Cristiana Bento, da Delegacia da Criança e Adolescente Vítima (Dcav) afirmou nesta segunda-feira (30) que há elementos suficientes. A adolescente de 16 anos foi estuprada na semana passada e teve um vídeo, em que aparece desacordada e nua, divulgado nas redes sociais.
“A gente não tem mais o que falar sobre isso. Essa menina foi vítima de violência sexual, ela foi vítima, segundo o Estatuto da Criança e do Adolescente, da divulgação das imagens e está sendo vitimizada pela população, que fica julgando o que ela foi ou deixou de ser. Essa menina precisa de proteção, de cuidado. Houve estupro, sim. Agora, o que pretendo fazer é descobrir a extensão desse estupro, quantas pessoas estupraram essa jovem”, afirmou a delegada.
O vídeo divulgado na internet já é prova suficiente do crime de estupro coletivo, segundo a Polícia Civil. Nas imagens, três homens estão presentes no ambiente em que um homem manipula o corpo da jovem. “Se um abusa e o outro está olhando, ele é partícipe e vai responder pelo mesmo crime”, explicou Cristiana.
Além disso, os homens mencionam no vídeo, conforme informado pela PC-RJ, que 30 homens teriam violentado a jovem, versão que é confirmada pela vítima. No entanto, essa informação precisa ter mais “robustez”, para definir exatamente quantas pessoas participaram do crime.
Até o momento, seis pessoas são consideradas suspeitas de estupro de vulnerável e produção e divulgação de material pornográfico com menores de idade. Outros cinco suspeitos estão foragidos e um se apresentou à Polícia nesta segunda-feira (30).
Entre os foragidos estão suspeitos que haviam se apresentado à polícia para prestar depoimento quando o caso ainda estava sob responsabilidade da Delegacia de Repressão aos Crimes de Informática.
Com informações da Agência Brasil
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