A Casa do Dragão (House of the Dragon) que estreou neste domingo (21) já está entre os assuntos mais comentados das redes sociais. A produção, que leva o público de volta aos Sete Reinos de Game of Thrones, mas acontece num passado distante, também trouxe easter-eggs, acenos, pistas e referências já em seu primeiro episódio. Além disso, a forma como a série foi feita tem sido bastante elogiada na internet. Vale lembra, porém, que o texto traz spoilers.
A série, como já diz no título, conta a história dos Targaryen, os antepassados de Daenerys de Game of Thrones. Mas no primeiro episódio há momentos em que aparecem os antepassados de outras grandes casas de Westeros: os Baratheon e os Stark, representados então por Boremund Baratheon e Rickon Stark (na foto acima). Este último tem o mesmo nome de um dos irmãos Stark de Game of Thrones, o caçula de Ned.
Voltando aos Targaryen, ‘Aegon, o Conquistador’, que tomou Westeros, tem sua história contada pelo Rei Viserys I a sua filha Rhaenyra, em que diz que Aegon teve um sonho que previa o fim do mundo dos homens, a partir de um “terrível inverno” que viria do Norte e que faria com que todos os reinos de Westeros precisassem se posicionar. Ele se referiu ao que acontece em Game of Thrones, já que isso é o que foi dito durante toda a série.
Na história do sonho, para o mundo sobreviver, um rei ou uma rainha Targaryen deveria estar ocupando o Trono de Ferro, que foi o que aconteceu quando Daenerys conquistou o reino. O nome dado ao sonho era a “A Canção de Gelo e Fogo”, que em inglês tem o mesmo título da saga de livros do autor George R.R. Martin. Ainda de acordo com Viserys, a história do sonho de Aegon foi passada de reis a herdeiros por gerações. Isso sugere que os Targaryen sabiam sobre a ameaça dos Caminhantes Brancos, mas esse conhecimento pode ter se perdido ao longo das décadas seguintes.
A conversa do rei e sua herdeira, inclusive, aconteceu em frente ao crânio de Balerion, dragão montado por Aegon I durante a Guerra da Conquista e, brevemente, por Viserys, um dos maiores dragões de toda a saga. Os restos da criatura já haviam aparecido em algumas cenas da outra série.
Ainda no primeiro episódio, as primeiras cenas trazem o tom político que a série retrata, com um grande conselho para definir a linha de sucessão da dinastia Targaryen no Trono de Ferro. Os principais representantes foram o príncipe Viserys e a princesa Rhaenya, com o primeiro sendo eleito. A jovem perde, mas ganha título de “Rainha que nunca foi”, enquanto Viserys é nomeado como rei e a série salta para o 9º ano de seu reinado, que acontece mais de 170 anos antes dos acontecimentos da série original.
Outro detalhe interessante é que, embora a época retratada na série seja o auge da dinastia Targaryen, em que 10 dragões sobrevoavam os céus de Westeros, apenas dois são vistos no primeiro episódio: os de Rhaenyra e Daemon. Vale lembrar, ainda, que a série é baseada no livro Fogo e Sangue, também de George R.R. Martin. A produção está disponível na HBO Max e terá mais 9 episódios, um a cada domingo.
Leia mais sobre: hbomax / Séries / Entretenimento