14 de outubro de 2024
Saúde • atualizado em 19/04/2024 às 15:48

Hospital de Câncer Francisco Camargo cria Centro de Estudos e Pesquisa em parceria com a UFG

A iniciativa visa o estudo de doenças, como o xeroderma pigmentoso, primeiro a ser desenvolvido na unidade, que disponibilizará bolsas de mestrado e doutorado
O projeto está sendo desenvolvido em parceria entre o HCG, a AMG e a UFG. Foto: Reprodução
O projeto está sendo desenvolvido em parceria entre o HCG, a AMG e a UFG. Foto: Reprodução

O Hospital de Câncer Francisco Camargo (HCG) firmou, na última quarta-feira (17), uma parceria com a Associação Médica de Goiás (AMG) e a Faculdade de Medicina da Universidade Federal de Goiás (UFG) para a criação do Centro de Estudos e Pesquisas da unidade. O objetivo é desenvolver pesquisas e estudos práticos sobre doenças, como o xeroderma pigmentoso, doença precursora da evolução de um câncer com alta prevalência no município goiano de Faina.

De acordo com o diretor da Faculdade de Medicina da UFG, o médico Waldemar Naves do Amaral, na prática, a iniciativa vai possibilitar o desenvolvimento de pesquisas dentro de um modelo metodológico que possa gerar resultados interessantes. “É um convênio importantíssimo, porque a universidade precisa oferecer a prática para os seus alunos da graduação e da pós-graduação, e possibilita que os alunos coloquem o conhecimento em prática junto à comunidade. Ao mesmo tempo, ele leva a assinatura de uma das universidades mais importantes desse país, a UFG, para o hospital. É um tipo de ação que é boa para todos”, concluiu.

Já existem três projetos de pesquisa em desenvolvimento para serem implementados no Centro de Estudos e Pesquisas do HCG. O primeiro deles vai estudar o xeroderma pigmentoso, doença genética rara que causa sensibilidade extrema à radiação ultravioleta presente na luz solar e que pode evoluir para um câncer.

A cidade de Faina, interior de Goiás, tem a maior incidência do xeroderma no mundo. De acordo com dados do Governo do Estado, a proporção é de um caso para cada grupo de 40 habitantes. Para o diretor do HCG, Wagner Miranda, o centro de estudos vai favorecer o diagnóstico e tratamento da população de Faina.

“Com a instalação do centro de estudos e pesquisa, o grupo nativo de Goiás portador da doença terá a devida atenção e cuidado. É uma comunidade menos favorecida e mais desassistida. É preciso que cuidemos deles, é preciso que trabalhemos para que possamos protegê-los”, pontuou Wagner.

Mestrado e Doutorado

Além do estudo e do atendimento especializado, o centro será voltado para ampliar o potencial acadêmico do estado com o fornecimento de bolsas para mestrado e doutorado, em parceria com a Faculdade de Medicina da UFG. “É realmente uma maioridade que o hospital atinge, e a ciência e a academia andam junto com o desenvolvimento e aprimoramento da assistência às pessoas que precisam”, destacou o diretor-presidente do HCG, ao informar que o desenvolvimento acadêmico é um dos pilares fundamentais do hospital desde a sua idealização, constando inclusive em seu primeiro estatuto.

Agora, os projetos passarão pelas etapas de aprovação, definição de bolsas e de orientações científicas para que acadêmicos comecem a desenvolver registros, análises, interpretações e as definições dos estudos acadêmicos.


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