A partir desta sexta-feira (20), a Associação dos Hospitais Privados de Alta Complexidade do Estado de Goiás (Ahpaceg), realizará o movimento “Todos pela Saúde em Defesa do SUS”, que condena o já anunciado corte de verbas federais para a área da saúde e cobra a ampliação do financiamento do setor.
“O que nós estamos fazendo é nos preservando desta visão do governo Federal. Optamos pela opção de diminuir o atendimento, que é menos impactante para a população e que todos vejam que nós estamos com dificuldades, explica o presidente da entidade, Haikal Helou.
Os representantes dos hospitais privados reclamam do corte de R$ 6 bilhões no orçamento da União para a área da saúde em 2015 e mais R$ 16 bilhões em 2016.
Outra reclamação é relativa ao atraso no pagamento dos hospitais anunciado pelo ministro da Saúde, Marcelo Castro, que teria afirmado que a fatura dos serviços prestados que deveria ser paga até 10 de dezembro só deverá ser quitada em janeiro.
O corte no atendimento vai atingir o Instituto de Neurologia de Goiânia e os Hospitais da Criança, Infantil de Campinas, Monte Sinai, São Francisco de Assis e Santa Genoveva (em Goiânia); Hospital Santa Mônica (Aparecida de Goiânia) e Hospital Evangélico (Anápolis).
Será afetada a oferta de leitos de Terapia Intensiva e a realização de serviços, como internações, transplantes e cirurgias eletivas em especialidades, como pediatria, cardiologia e neurologia.
De acordo com a associação dos hospitais de alta complexidade, as Secretarias Estadual e Municipais de Saúde, o Ministério Público Estadual e Ministério Público de Anápolis já foram notificados pela Associação sobre a redução do atendimento até 20 de dezembro. Após essa data, segundo o presidente da Ahpaceg, os hospitais vão avaliar a viabilidade da manutenção do atendimento pelo SUS.
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