Rio – O número de horas pagas pela indústria recuou 1,1% em abril ante março, na série com ajuste sazonal, segundo o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE). Já no confronto com abril de 2014, a redução no indicador foi de 6,0%, a 23ª taxa negativa nesse tipo de comparação e a mais intensa desde setembro de 2009 (-6,1%).
Na comparação com abril do ano passado, todos os 18 setores apontaram taxas negativas, com destaque para meios de transporte (-11,5%), alimentos e bebidas (-3,3%), produtos de metal (-11,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-11,2%), máquinas e equipamentos (-7,5%), calçados e couro (-11,6%), outros produtos da indústria de transformação (-8,8%), vestuário (-5,5%), metalurgia básica (-7,3%), refino de petróleo e produção de álcool (-9,9%), minerais não-metálicos (-3,8%), papel e gráfica (-3,7%) e indústrias extrativas (-4,6%). Com o resultado anunciado hoje, o número de horas pagas na indústria acumula queda de 5,4% no ano e recuo de 4,8% em 12 meses.
Folha de pagamento
O valor real da folha de pagamento dos trabalhadores da indústria caiu 0,9% em abril ante março, já descontados os efeitos sazonais. Com o resultado, o índice acumula queda de 5,0% no ano e redução de 3,3% em 12 meses. Na comparação em 12 meses, o resultado é o mais negativo desde dezembro de 2003, quando o valor real da folha de pagamento da indústria acumulava retração de 4,2%.
Em relação a abril de 2014, a folha de pagamento real diminuiu 5,3% em abril deste ano, a 11ª taxa negativa consecutiva neste tipo de confronto. As perdas nesta base foram registradas em 15 das 18 atividades pesquisadas, com destaque para meios de transporte (-11,1%), máquinas e equipamentos (-5,4%), produtos de metal (-9,8%), alimentos e bebidas (-3,1%), máquinas e aparelhos eletroeletrônicos e de comunicações (-8,3%) e metalurgia básica (-8,9%).
Já o setor de borracha e plástico, com crescimento de 1,6%, assinalou a principal influência positiva no mês, segundo o IBGE.
(Estadão Conteúdo)
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