As estratégias da Secretaria de Segurança Pública em Goiás para tentar reduzir os crimes parecem não estar surtindo efeito. Isso porque, em agosto, o número de homicídios no Estado cresceu 15%, passando de 200 para 230.
Das principais regiões, apenas Goiânia registrou redução nos casos. Em Aparecida de Goiânia e no Entorno do Distrito Federal houve aumento. No acumulado de um ano, o número de homicídios também cresceu.
Veja as informações, divulgadas pelo Jornal O Hoje:
“As modificações nas estratégias de atuação das forças da Segurança Pública em Goiás, alteradas este ano, ainda não atingiram resultados significativos no que se refere aos crimes contra a vida. Em todo o Estado, se comparados os primeiros oito meses deste ano com o mesmo período do ano passado houve aumento de 14% nos homicídios (1.679 mortes em 2013 contra 1.471 em 2012). O assassinato brutal dos quatro estudantes de Aparecida de Goiânia, que tiveram os corpos encontrados na Serra das Areias, contribui para a estatística negativa em Goiás. Já em Goiânia, o aumento foi de 6% e somente no mês de agosto 55 pessoas foram assassinadas (veja box).
Mesmo sendo o tráfico apontado como principal motivador da criminalidade, a violência doméstica e passional também toma contornos assustadores como da mulher que teve os olhos perfurados pelo ex-marido (leia mais página 9). Em outra vertente da violência, passageiros e motoristas do transporte coletivo encontram-se ameaçados e vítimas de agressões constantes por pessoas vinculadas a torcidas organizadas de futebol, que continuam agindo sem repressão (leia na página 10). Diante de casos assustadores, como chacinas e homicídios banais, a população segue acuada e ainda sem respostas.
Apesar de destacar a redução de assassinatos em algumas regiões, devido à implantação do modelo de Áreas Integradas de Segurança (AIS), principalmente na região noroeste, o secretário de Segurança Pública, Joaquim Mesquita, afirma que “apenas a atuação policial não haverá de acabar com a criminalidade, sobretudo, com o homicídio.” Ele ressalta que existem variáveis sociais, que contribuem para o registro constante de assassinatos, que não estão sob domínio dos policiais.
De acordo com os dados da gerência de análise de informações da SSPJ, houve redução de 4% na quantidade de assassinatos apenas na região que engloba os municípios do entorno do Distrito Federal. No balanço apresentando ontem não foram contabilizadas as mortes resultantes de confrontos com policiais.
Mesquita lembra que a possibilidade de informações detalhadas se deve ao modelo de Áreas Integradas de Segurança (AIS). Em razão disso, é possível avaliar, no comparativo mensal, que os crimes estão mais dispersos em Goiânia. “A concentração (de áreas com registro de homicídios) era maior no mês passado com 81% dos bairros sem registros de homicídio e 17% com registros”, disse.”
A disseminação da criminalidade traz a necessidade de uma avaliação mais precisa por parte das forças policiais. “Eventualmente, a orientação será voltada para uma área geográfica mais ampla do que aquela que vinha alertando até o mês de agosto.” O secretário destacou que os dados das AIS é apenas o início do processo que pressupõe um trabalho criterioso ou a modificação das ações antes exercidas.”
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