05 de dezembro de 2025
PRISÃO MANTIDA

Homicídio no bosque: Justiça converte prisão de psicólogo em preventiva

Justiça mantém prisão de Arthur Vinícius, acusado de matar músico Bruno Duarte com golpes filmados em parque público; ele permanece na cadeia de Catalão
Arthur Vinícius Silva Lima passou por audiência nesta quarta e vai ficar preso aguardando julgamento - Foto: reprodução
Arthur Vinícius Silva Lima passou por audiência nesta quarta e vai ficar preso aguardando julgamento - Foto: reprodução

A Justiça manteve preso o psicólogo e professor universitário Arthur Vinícius Silva Lima, de 32 anos, único suspeito do assassinato do músico Bruno Duarte, 36, no sábado, em Goiânia. Arthur vai responder por homicídio qualificado, agravado por motivo fútil e por ter dificultado a defesa da vítima.

Ele continua no presídio de Catalão, município onde foi preso tentando fugir na companhia do pai na segunda-feira (28), mas pode ser transferido para o Complexo Prisional de Aparecida de Goiânia a qualquer momento.

O psicólogo passou por audiência de custódia nesta quarta-feira (30) e houve o entendimento de que há elementos suficientes que o ligam ao crime, incluindo um vídeo onde aparece desferindo os golpes contra a vítima já caída no chão. Bruno morreu no local do ataque, no interior do Bosque dos Buritis, no Setor Oeste.

O carro usado pelo autor para fugir após o homicídio foi filmado e depois encontrado em Águas Lindas de Goiás, na casa de Arthur.

A Justiça considerou suficientes os argumentos da Polícia Civil, de que o psicólogo agiu com violência extrema, após provavelmente ter premeditado o crime e ainda tentado escapar de formas diversas. A própria vítima teria enviado mensagens a conhecidos relatando ameaças de Arthur. Mensagens do psicólogo à ex-mulher falando em “lavar a honra com sangue” fortalecem a tese de que ele planejou o crime.

Também pesou ter cometido o homicídio em local público, destinado ao lazer de famílias e onde nem a presença de outras pessoas na hora ter intimidado Arthur.

O entendimento da Justiça é de que uma eventual soltura colocaria a investigação em risco e ele poderia fugir, já que contou com a ajuda de familiares logo após a agressão.

Arthur está preso como o único suspeito do homicídio e teria agido por ciúmes ao saber que a ex-mulher, com quem tem três filhos, estaria se encontrando com a vítima após o término do relacionamento.

Bruno era um estudante solteiro, filho único e descrito como muito presente na família. Ele estava prestes a se formar em Música pelo Instituto Federal de Goiás (IFG), mas já se apresentava em alguns espaços culturais. A Polícia acredita que ele foi atraído para o Bosque dos Buritis por Arthur que marcou o encontro se passando pela ex-mulher, através de um perfil falso. Assim como Bruno, Arthur também estudou música no IFG.

A defesa de Arthur Vinícius Silva Lima não foi localizada para comentar, mas tem dito às autoridades que ele é inocente e reagiu em legítima defesa.


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