07 de agosto de 2024
Goiás • atualizado em 22/07/2023 às 10:18

Homenageado, Bolsonaro em Anápolis diz que campanhas de desarmamento precedem ditadura

“Armei o máximo possível o meu povo e a prova de que estava no caminho certo é que o número de mortes por arma de fogo caiu ano a ano no meu governo”, disse o ex-presidente
Uma semana depois, ex-presidente esteve novamente em Goiânia e, depois, foi à Anápolis receber homenagem. (Imagem: reprodução)
Uma semana depois, ex-presidente esteve novamente em Goiânia e, depois, foi à Anápolis receber homenagem. (Imagem: reprodução)

O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) retornou a Goiás nesta sexta-feira (21), uma semana depois de aparecer em Goiânia para uma consulta odontológica e encontro com apoiadores e o governador Ronaldo Caiado (UB). Desta vez, o ex-mandatário passou rapidamente por Goiânia e, em seguida, foi à Anápolis receber, junto a outros 34 homenageados, a comenda Gomes de Souza Ramos, uma das mais altas honrarias concedidas pelo município.

Bolsonaro em Anápolis não deixou de discursar e, com a presença de algumas centenas de pessoas, chegou a dizer que “todas as ditaduras foram precedidas de campanhas de desarmamento”. Fala específica foi, claro, ligada à medida do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT), que assinou novo decreto de armas ontem mesmo, em que reverteu regras do último governo.

“Armei o máximo possível o meu povo e a prova de que estava no caminho certo é que o número de mortes por arma de fogo caiu ano a ano no meu governo”, disse ainda Bolsonaro em Anápolis. Claro que o ex-presidente também sentiu a necessidade de falar sobre a condenação que o deixou inelegível. Na ocasião, ele afirmou que o TSE (Tribunal Superior Eleitoral) o tornou inelegível em 30 de junho “de forma bastante nebulosa”.

“O sistema não quer uma pessoa honesta na Presidência da República […] Se eu nada representasse para a nossa pátria depois daqueles números do TSE, não me estariam perseguindo até hoje, não teriam, de forma bastante nebulosa, me tornado inelegível. Qual crime? Corrupção não foi, abuso de poder econômico não foi”, disse Bolsonaro.

Em outro momento do seus discurso, o ex-mandatário afirmou que se “sente muito” feliz pelo que acontece com ele atualmente. “Jamais vou reclamar, sei do preço caro que pagaria ao fazer a coisa certa. Se eu estivesse do outro lado, seria muito mais fácil pra mim, mas preferi seguir o caminho que todos nós sempre sonhamos”, disse, completando, sem citar Lula, que deixou “o outro cara assumir”, que jamais entregaria a faixa presidencial para o atual presidente.

Além da recepção dos cidadãos presentes, Bolsonaro foi especialmente recebido pelo ex-deputado Major Vitor Hugo (PL) e pelo prefeito de Anápolis, Roberto Naves (Progressistas). O chefe do Executivo anapolino, inclusive, se mostrou em concordância com todo discurso do ex-presidente.


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