07 de agosto de 2024
Feminicídio

Homem é denunciado por homicído qualificado de travesti em Aparecida de Goiânia

Travesti foi morta após discussão sobre valor cobrado pelo programa
Crime de feminicídio ocorreu no dia 4 de abril. Foto: Divulgação
Crime de feminicídio ocorreu no dia 4 de abril. Foto: Divulgação

O Ministério Público de Goiás (MPGO) denunciou Cláudio Silva Lima por homicídio da travesti Isabela Patrícia de Araújo Farias. O crime ocorreu em Aparecida de Goiânia no dia 4 de março e teve quatro fatores qualificadores: motivo fútil, emboscada e feminicídio por discriminação. 

Na denúncia, o promotor de Justiça, Daniel Roberto Dias do Amaral, da 19ª Promotoria de Aparecida de Goiânia, relata que o crime aconteceu por volta das 2 horas, na Vila Nossa Senhora de Lourdes. Cláudio matou Isabela Patrícia com três golpes de canivete.

Segundo apurado pela polícia, a vítima fazia programas sexuais no dia do crime. Nesta data, Cláudio Silva saiu do trabalho e andava de moto pelo local, quando viu Isabela Patrícia em frente a um motel aguardando clientes e decidiu contratar seus serviços.

A travesti subiu na moto e foi conduzida pelo assassino até um terreno baldio, onde seria realizado o programa. Depois de um desentendimento sobre o valor do programa, foi golpeada com o canivete. De acordo com a polícia, o valor cobrado seria de R$ 50,00, mas Cláudio Silva só se dispôs a pagar R$ 30,00, iniciando a discussão.

Após sacar o canivete e perfurar o pescoço de Isabela por três vezes, o denunciado montou na moto e fugiu, sendo preso somente no curso das investigações.

O promotor de Justiça requereu à 4ª Vara Criminal da comarca de Aparecida de Goiânia que sejam anexados aos autos os laudos periciais materiais coletados na cena do crime, como sangue humano e levantamento de impressões digitais no canivete apreendido com o denunciado, assim como as imagens de câmeras de segurança que gravaram o ocorrido. 

O promotor pediu, por fim, a decretação da prisão preventiva de Cláudio Silva, que agora está sob custódia da polícia aguardando aplicação da lei penal.


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