27 de agosto de 2024
Brasil

Homem de 84 anos morre um dia após ser baleado por atirador de Campinas

Atirador mata frequentadores de igreja (Reprodução Câmeras de Vídeo)
Atirador mata frequentadores de igreja (Reprodução Câmeras de Vídeo)

Morreu o idoso de 84 anos que estava internado em estado grave após ser alvejado no ataque a tiros na Catedral de Campinas nesta terça-feira (11). Ele morreu no início da tarde desta quarta (12), às 13h25. A informação é da Prefeitura do município do interior paulista.
No último boletim da Prefeitura, de 12h45, o estado de saúde de Heleno Severo Alves era apontado como grave. Ele tinha passado por cirurgia ainda na terça.
A outra pessoa atingida pelo atirador que estava internada, Jandira Prado Monteiro, 65, teve alta. Ela é mãe de uma das vítimas, Sidnei.
Com a morte de Heleno, o número de vítimas sobe de 4 para 5 homens -6 com o atirador, que cometeu suicídio após ser atingido pela Polícia Militar.
VÍTIMAS
Atingidos pelo atirador, José Eudes Gonzaga Ferreira, 68, Eupidio Alves Coutinho, 67, Sidnei Vitor Monteiro, 39, e Cristofer Gonçalves dos Santos, 38, não resistiram aos ferimentos e morreram no local. Outras quatro pessoas foram baleadas e socorridas pelos bombeiros e pelos médicos do Samu.
Silvio Antônio Monteiro, 47, deixou a mãe Jandira Prado Monteiro, 62, dona de casa, no ponto de ônibus e ela seguiu para o centro de Campinas onde se encontraria com o filho Sidnei para irem ao dentista juntos. Ambos combinaram de se encontrar na catedral.  Mãe e filho moravam em Hortolândia. 
“Eu não consigo acreditar no que aconteceu. Hoje é meu aniversário e olhem o presente que ganhei”, disse. A mãe precisou operar a mão e a clavícula. Passa bem mas não sabe que o filho morreu. “Dissemos a ela que ele está bem cuidado. Eles eram muito próximos, não sei como vai ser”. 
Sidnei era eletricista na Unicamp, casado e tinha uma enteada. Era o caçula de três filhos de dona Jandira e seu Milton Candido Monteiro, 71, que também trabalha na Unicamp.
O irmão soube da tragédia quando recebeu ligações do hospital no celular, mas como estava trabalhando não conseguiu atender. Mais tarde foi contatado de novo e levado para o hospital.
“Era o caçula querido. E uma mulher que só sai para ir à Igreja e ao dentista acontecer uma coisa dessas? Meu Deus”, diz ele, casado há 50 anos.
Silvio estava no trabalho quando, por volta das 14h30, recebeu ligações do hospital contando que a mãe e o irmão foram vitimados. “Aí veio o aperto”, afirma. “Ela [mãe] fala dez vezes por hora no nome dele [Sidnei]. A gente diz que está bem, não sabemos como contar. A família está destruída.”
José Eudes Gonzaga Ferreira, 68, estava na missa com a mulher, Maria de Fátima. Ela tomou um tiro na coxa e passa bem. Ele morreu na hora. “Eles são  muito devotos, vivem na missa”, conta o filho, Douglas Ferreira, 38.
A família foi ao IML do cemitério dos Amarais para reconhecer o corpo, mas deixou o local ao serem avisados pela polícia de que o procedimento não era necessário.
O mesmo ocorreu com um filho e sobrinhos de Eupidio Coutinho, 67.
A empregada doméstica Edna Rodrigues, 58, soube do atentado quando viu a notícia na TV, no trabalho. “Fiquei apavorada. Minha irmã não sai da igreja”, disse ela, sobre a irmã, Lourdes, 78. Recebeu ligações da família dizendo que a irmã estaria morta e correu para o IML do cemitério dos Amarais. “Eu vim para cá, outro foi para outro cemitério, outro foi para o hospital. Ficamos desesperados”, conta.
No IML, soube que a irmã estava no hospital, em bom estado de saúde, que havia sido atingida de raspão e não precisaria ser operada.
“Graças a deus, que alívio. Mas não vou sair daqui. Quero ver a cara dele [atirador]. O que ele fez não se faz.” (Folhapress)


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