Um homem-bomba suicida disfarçado entrou em um campo de treinamento da polícia em Mogadíscio, capital da Somália, nesta quinta-feira (14) e matou ao menos 17 pessoas, disseram autoridades do país.
O porta-voz da polícia, major Mohamed Hussein, afirmou que o terrorista tinha explosivos amarrados ao corpo e se infiltrou na Academia de Treinamento da Polícia General Kahiye durante um desfile matinal. Todas as vítimas eram policiais -além dos mortos, há pelo menos 20 feridos.
O grupo extremista Al Shabaab reivindicou a responsabilidade pelo ataque e deu um número maior de mortes.
“Nós matamos 27 policiais e ferimos mais”, disse Abdiasis Abu Musab, porta-voz das operações militares do grupo, que realiza atentados frequentes em Mogadíscio e outras cidades.
O grupo -ligado à rede terrorista Al Qaeda- defende uma insurgência contra o atual governo, apoiado pela ONU (Organização das Nações Unidas) e pela União Africana, para impor sua própria interpretação estrita do Islã.
Os militantes foram expulsos de Mogadíscio em 2011 e, desde então, perderam território para as forças de paz da União Africana e para o Exército local.
Os ataques do Al Shabaab vêm em um momento em que a União Africana finaliza planos para cortar sua missão de manutenção da paz chamada Amisom.
A força de 22 mil pessoas foi implantada há uma década, mas está programada para perder 1.000 soldados neste mês como parte de um plano de longo prazo para se retirar o país e passar a segurança ao Exército da Somália.
As forças de paz foram implantadas para ajudar a garantir um governo que lutou para estabelecer o controle em um país que mergulhou na guerra civil no início da década de 1990.
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