05 de dezembro de 2025
BALANÇA FAVORÁVEL

Hoje temeroso por ameaça de tarifaço, Goiás teve superávit nas exportações de 669 milhões de dólares em junho

Com destaque para exportações de soja e carnes, Goiás mantém protagonismo no comércio exterior às vésperas de novas tarifas americanas
Exportações de produtos goianos em junho registraram superávit - Foto: Secom Goiás
Exportações de produtos goianos em junho registraram superávit - Foto: Secom Goiás

Em contagem regressiva para o preocupante tarifaço imposto pelos Estados Unidos a produtos brasileiros, previsto para 1º de agosto, o estado de Goiás registrou superávit de US$ 669 milhões na balança comercial em junho de 2025. Naquele mês, as exportações goianas para diferentes países somaram US$ 1,14 bilhão, sendo que China e EUA foram os que mais receberam a produção goiana. As importações goianas custaram US$ 473 milhões em junho.

Os dados são da Superintendência de Comércio Exterior e Atração de Investimentos Internacionais, vinculada à Secretaria de Indústria, Comércio e Serviços (SIC). Eles apontam que Goiás se manteve como um dos principais protagonistas do comércio exterior brasileiro, ocupando a 8ª posição nacional em exportações no mês e 11ª colocação em importações.

“Estamos sempre buscando consolidar a presença goiana no comércio exterior com inteligência estratégica e competitividade, e os superávits da balança comercial de Goiás são um reflexo da força dos nossos setores produtivos”, destaca o titular da SIC, Joel de Sant’Anna Braga Filho.

Entre os produtos mais exportados em junho, o complexo soja representou 56,96% do total vendido ao exterior, seguido pelas carnes (18,11%) e ferroligas (5,53%). O setor de carnes apresentou crescimento expressivo de 28,31% em comparação com o mesmo mês de 2024.

Soja liderou no comércio com China e EUA

Os principais destinos das exportações goianas foram a China, que absorveu 49,21% do total, seguida pelos Estados Unidos (5,13%), Tailândia (3,73%) e Canadá (3,58%). No ranking de municípios exportadores, Rio Verde liderou com US$ 316 milhões, representando 27,65% do total estadual, seguido por Jataí (6,95%), Cristalina (6,21%) e Alto Horizonte (4,64%).

Nas importações, as principais aquisições foram produtos farmacêuticos (30,53%), automóveis (19,66%) e máquinas como reatores nucleares, caldeiras, aparelhos e instrumentos mecânicos (12,68%). A China foi a principal origem das importações (31,05%), seguido pela Alemanha (19,88%), Japão (10,21%) e Estados Unidos (6,91%). Anápolis se manteve como o município goiano que mais realizou importações (52,08%). 

No acumulado do primeiro semestre de 2025, Goiás já registra superávit de US$ 3,9 bilhões, uma variação positiva de 1,39% em relação ao mesmo período do ano anterior.

Com a proximidade da aplicação de 50% de tarifas sobre os produtos do Brasil pelos EUA, que provavelmente vai atrapalhar esses bons resultados da balança comercial, esta semana o governo de Goiás iniciou uma operação para tentar minimizar o impacto sobre o setor produtivo.


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