O Centro de Terapia Intensiva (CTI) do Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) recebeu nesta sexta-feira (16) certificação internacional da Agencia de Calidad Sanitaria de Andalucia (Acsa), uma das mais renomadas instituições de avaliação de qualidade de saúde da Europa.
Foi a primeira vez que um hospital público do Brasil recebeu o título. “Goiás hoje tem o melhor hospital público do país”, afirmou na solenidade o governador Ronaldo Caiado.
O título internacional foi concedido após o HGG receber a visita de avaliadores do Instituto Brasileiro para Excelência em Saúde (Ibes/International), responsável no país pelas avaliações de certificação da Acsa. O processo levou um ano, entre o início da preparação e a data da visita de certificação, com a presença da equipe nas dependências do hospital, segundo Christian Hart, diretor de Suporte e Inovação no Ibes, representante da instituição acreditadora.
O certificado se soma à acreditação máxima da Organização Nacional de Acreditação, a ONA 3 – Acreditado com Excelência, título que o hospital mantém desde 2018.
Para Caiado, o título ao HGG coloca Goiás no patamar da melhor medicina feita no país. Além da excelência tecnológica, o governador pontuou que a certificação reconhece um aspecto ainda mais importante: a humanização das práticas. “Para que não seja o leito tal, número tal, mas sim o ‘Joaquim’, ‘Dona Maria’. Todo mundo identificado e com tratamento diferenciado”, pontuou.
Na cerimônia, o governo estadual também entregou um mamógrafo e uma impressora Dry ao HGG. Os equipamentos custaram R$ 928 mil e vão substituir os equipamentos anteriores, fabricados em 2000, já no fim do ciclo de vida.
Estender nível de excelência
O desafio agora, na avaliação do governador, é ampliar essa excelência em atendimento para todo o estado. “Nossa ideia é expandir essa rede de tratamento. Não temos como concentrar, até porque só Goiânia não suporta o fluxo de todos os milhões de goianos que chegam. Já que somos primeiro lugar no Ideb, temos que ser na saúde também”, frisou.
Para manter o título da Acsa, a unidade precisa atender a três critérios: cumprir ou superar, em 90% ou mais, os padrões de qualidade e segurança, cumprir ou superar, em 80% ou mais, os padrões de gestão integrada e cumprir ou superar, em 70% ou mais, os padrões ONA de Excelência em Gestão, demonstrando uma cultura organizacional de melhoria contínua com maturidade institucional.
Na avaliação do diretor de Suporte e Inovação do Ibes, Christian Hart, a certificação coloca o CTI do Hospital Geral de Goiânia em pé de igualdade, entre os outros exemplos, com o Hospital San Raffaele de Milão (Itália), o National Health Service (Inglaterra) e o Vall d’Hebron, de Barcelona (Espanha).
O diretor do Ibes informou ainda que o hospital será convidado para disponibilizar informações sobre suas boas práticas em uma plataforma de avaliação, acessível aos participantes dessa acreditação em todo o mundo. Os bons cases da unidade estarão disponíveis para organizações no Brasil e na Europa poderem ter contato, aprender e trocar informações. “A gente tem um prazer grande de oferecer isso, porque eu acho que esse intercâmbio transcende as nossas possibilidades diárias.”
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