O Hospital Estadual Alberto Rassi (HGG) realizou na semana do Orgulho LGBTQIAPN+ um mutirão de cirurgias plásticas para pacientes trans. Ao todo, foram 12 procedimentos de mastectomia e mamoplastia que ocorreram de terça-feira (25) a sexta-feira (28).
Os pacientes atendidos fazem parte do Serviço Transexualizador – Ambulatório TX da unidade do Governo de Goiás. O ambulatório foi criado pelo HGG em 2017, com o objetivo de oferecer atendimento e acompanhamento médico e multiprofissional a transexuais, travestis e outras identidades de gênero.
No mutirão foram realizadas oito mastectomias para homens trans e quatro mamoplastias com colocação de prótese mamária para mulheres trans. A ação contribui na redução da espera para essas cirurgias, que atualmente possui 37 pessoas na fila aguardando pela mamoplastia e outras 35 esperando sua vez para realizar mastectomia pelo Sistema Único de Saúde (SUS).
O médico coordenador do Serviço Transexualizador do HGG, João Lino, destacou a importância das cirurgias para os pacientes do ambulatório. “Queremos trazer celeridade aos atendimentos, e a nossa força-tarefa é realizada com o intuito de ajudar esses pacientes. Nos unimos em prol dessa causa e dessa comunidade, pois sabemos a importância dessas mudanças na vida de cada um”, ressaltou.
Contemplado pelo mutirão, o paciente Eduardo Araújo falou sobre a alegria em poder finalmente realizar sua cirurgia de mastectomia.“O HGG é um lugar de transformação. É um lugar acolhedor, é uma família para mim. Eu me sinto realizado, conquistei meu maior sonho. Fiz a minha cirurgia libertadora. Agora eu posso ir pra cachoeira sem camisa”, afirmou.
Planos de ampliação
Segundo o diretor técnico do HGG, Guilherme Carvalho de Sousa, a unidade, conhecida também por ser um hospital-escola, ofertará, por meio da Diretoria de Ensino e Pesquisa (Direp) e da Chefia do Serviço de Transexualidade e Intersexo da unidade, o Programa de Treinamento Avançado em Cirurgias Genitais em Transexuais Femininos.
“A unidade vai abrir vagas ainda este ano para o treinamento de equipe médica, para cirurgias genitais e também para cirurgias de mama, aumentando o número de profissionais disponíveis no mercado e ampliando a oferta de serviço de saúde para a população transexual”, destacou Guilherme.
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