19 de dezembro de 2024
Cidades • atualizado em 13/02/2020 às 01:06

HGG comemora primeiro mês de transplante renais com 240% acima da meta

No primeiro mês de realizações de Transplante Renais do Hospital Alberto Rassi (HGG) a unidade extrapolou a meta estipulada de cinco operações por mês em aproximadamente 240%. O balanço dos transplantes foram apresentados nesta segunda-feira (17), pelo Secretário de Saúde do Estado de Goiás, Leonardo Vilela.

O Hospital Alberto Rassi (HGG) é o único da rede estadual habilitado para a realização de transplantes renais. Do dia 17 de março até esta segunda-feira (17) de abril, as equipes da unidade realizaram 17 transplantes, sendo que a meta era de cinco transplantes os mês. 14 órgãos forma provenientes de cadáver e outros três de pessoas vivas.

Segundo o Secretário de Saúde, Leonardo Vilela os número positivos deste primeiro mês são provenientes de uma estrutura adequada para a realização dos procedimentos e uma equipe qualificada. Ele ainda completa que o próximo passo é a realização de transplantes de fígado e pâncreas.

Os transplantes também significam mais economias a médio prazo. Com o procedimento a rede pública economiza cerca de R$ 5 mil por mês, para cada sessão de hemodiálise por paciente. Estima-se que em Goiás, segundo a Central de Transplantes, existem 232 pessoas na fila por um transplantes de rim e 3.579 pacientes fazem hemodiálise.

O processo de hemodiálise, faz basicamente o mesmo processo que os rins, só             que de forma artificial. Ele é responsável pela filtragem do sangue e a remoção de substâncias tóxicas do sangue. Esse processo é realizado cerca de três vezes na semana em pacientes com problemas renais.

Leandro conta que muitos dos pacientes que dependem da hemodiálise deixam de trabalhar, devido ao procedimento e ao tempo gasto durante a semana para realiza-lo. “Pessoas que muitas vezes viajam cerca de 100 ou 200 quilômetros por dia ou três vezes por semana para se submeter a um procedimento cansativo, demorado e que limita o trabalho e o convívio familiar. O transplante traz de volta ao paciente a qualidade de vida”, ressalta.

Doação

O secretário de Saúde conta que boa parte dos doadores são de outros estado, como Rondónia, Brasília e Santa Catariana. “Isso é uma inversão da tendência, antes Goiás exportava órgãos para outros estados porque não tinha essa capacidade de fazer os transplantes aqui”, conta Leonardo Vilela.

Apenas três dos 17 doadores de rins, eram pessoas vivas. O secretário acredita que precisa de uma conscientização para que as pessoas doem o órgão a quem precisa. “O que estamos fazendo é reforçar a campanha de doação de órgãos. Se nós tivermos quantidade de órgãos suficiente, o HGG pode fazer um número ilimitado de transplantes renais e reduzir drasticamente a fila de espera para esses transplante. Então queremos fazer um apelo as famílias em principal para aqueles que perderam alguém de morte cerebral, que façam esse ato de amor ao próximo”.

Para o diretor técnico do HGG, Refael Nakamura o foco principal de conscientização para a doação do órgão, são pessoas que sofreram morte encefálica. Mas segundo ele é necessário que a população se conscientize que a doação é um ato de amor. 

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