Antes de assumir o Ministério da Fazenda, Henrique Meirelles esteve ligado ao Grupo J&F, controlador do frigorífico JBS.
Meirelles ocupou cargos de destaque na companhia entre os anos de 2012 e 2016. Ele chegou à empresa em 2012, após ocupar o cargo de presidente do Banco Central nos dois mandatos do presidente Luiz INácio Lula da Silva (2003-2010).
Assumiu o posto de presidente do conselho de administração do J&F em 2012. Sua missão, segundo o noticiário da época, era criar estruturas de governança na companhia para prepará-la para uma abertura de capital na bolsa de valores.
Em março de 2016, quando seu nome já era cogitado para um eventual governo do então vice-presidente Michel Temer, Meirelles assumiu a presidência do Banco Original, também pertencente ao J&F. Ele deveria fazer da companhia, uma pequena instituição que dava crédito a fornecedores da empresa, o principal banco digital do país.
Convidado por Temer para assumir a Fazenda, Meirelles deixou o grupo em maio de 2016.
Na última quarta-feira (17), relato de uma conversa gravada entre Joesley Batista, um dos donos da JBS, e o presidente Michel Temer em que se discutia a compra do silêncio do ex-deputado Eduardo Cunha deu início a principal crise enfrentada pelo governo Michel Temer.
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