Lewis Hamilton fez o melhor tempo do treino classificatório deste sábado (2) e largará na frente do Grande Prêmio de Monza da Fórmula 1. Com o resultado, o piloto britânico se tornou o dono do maior número de pole positions da história da modalidade (69), ultrapassando Michael Schumacher, que tinha 68. Os punidos por trocas e elementos de motor ou câmbio são Ricciardo, Verstappen, Sainz, Alonso, Hulkenberg e Palmer e, por esse motivo, Felipe Massa largará em sétimo e Lance Stroll em segundo. Os dois pilotos da Redbull fizeram os segundo e terceiro tempos.
‘Primeiro de tudo, eu amo a Itália, estou feliz de estar aqui. Temos todo o apoio. Estou muito feliz de fazer isso aqui nesse circuito. Amanhã depende muito do tempo, espero que esteja melhor. Vai ser difícil com relação à temperatura dos pneus. Eu não posso acreditar, 69 pole positions, só tenho que agradecer a todos’, falou Hamilton.
Lance Stroll fez o quatro melhor tempo e ficou na segunda colocação pela primeira vez em sua carreira. E Felipe Massa fez o nono tempo, mas largará em sétimo por causa das punições aos pilotos citados.
‘Já foi positivo a gente chegar no final, porque alguma chance de erro. No final conseguimos chegar no Q3 e a volta não foi muito boa. Mas estamos ali na briga, vou largar em sétimo. Espero uma corrida onde muitas coisas podem acontecer. O ritmo de carro pode ser importante, de ultrapassagens… Temos que tentar fazer o melhor para o bom resultado amanhã’, falou Felipe Massa ao SporTV.
ATRASO
A chuva começou a cair ainda na noite desta sexta-feira, e provocou o cancelamento da corrida da GP3, além da classificação da Porsche Supercup também ter sido afetada. A própria terceira sessão de treinos livres da F-1 teve apenas 16 minutos de atividade, com sete pilotos marcando tempo. Felipe Massa foi o mais rápido no treino que terminou duas horas antes da classificação.
As condições, contudo, não melhoraram o suficiente. A classificação chegou a ser iniciada, mas foi interrompida após apenas quatro minutos, depois que Romain Grosjean rodou sozinho em plena reta dos boxes depois de sua Haas aquaplanar. Isso, mesmo com pneus para chuva intensa, que dissipam 65 litros de água por segundo.
Daí em diante, a direção de prova passou a checar as condições de pista a cada 15 minutos, com a ajuda do Safety Car. Porém, o treino só foi reiniciado às 16h30 locais, 2h30 depois do início do treino, quando alguns torcedores já tinham deixado o circuito de Monza.
COMO FOI A CLASSIFICAÇÃO
Após a longa espera, os pilotos foram à pista com os pneus para pista molhada e Lewis Hamilton logo tomou a ponta. Porém, com cinco minutos para o final, pilotos como Daniel Ricciardo e Fernando Alonso começaram a arriscar colocar os intermediários, mesmo com o aumento da chuva.
Porém, os pilotos não conseguiram melhorar seu desempenho significativamente, e as duas Haas, as duas Sauber e Jolyon Palmer foram eliminados na primeira parte da classificação.
No Q2, as Mercedes e as Ferrari apostaram nos intermediários, mas não foram seguidos por todos os pilotos. As condições de pista variavam a cada volta, e Stoffel Vandoorne e Felipe Massa foram pegos de surpresa na Parabolica, mas conseguiram se manter na pista. O público aplaudiu quando Vettel fez a melhor marca com pouco mais de 6 minutos para o fim, momento em que as duas McLaren, as Toro Rosso e Sergio Perez estavam na zona de eliminação. O final foi emocionante, com vários pilotos melhorando seus tempos, e Felipe Massa conseguiu se safar já com o cronômetro zerado. Assim, ficaram pelo caminho as duas Toro Rosso, Hulkenberg, Perez e Alonso.
Por que a F-1 não anda na chuva?
São vários os motivos que explicam a dificuldade de carros e pilotos em situações como a de Monza. A altura dos carros é reduzida, para que eles gerem o máximo possível de pressão aerodinâmica e sejam mais velozes.
Os pneus são outro favor. Desde a decisão de aumentar sua largura foi anunciada, a fornecedora Pirelli já vinha avisando que isso poderia piorar ainda mais a visibilidade, pelo aumento do spray. “Tornar o pneu mais largo não é a direção que você quer tomar quando está tentando melhorar a performance de um pneu de chuva”, disse o diretor Paul Hembery. A falta de testes em condições de chuva – a Pirelli faz simulações molhando artificialmente a pista – também pesa contra o desenvolvimento dos pneus.
Por fim, no caso de Monza especificamente, os carros andam com pouca pressão aerodinâmica devido às longas retas e poucas curvas do circuito, o que prejudica a aderência nas freadas e torna andar em pista molhada ainda mais perigoso. E, neste ano, a reta principal recebeu um novo asfalto, e este parecia ser o trecho mais complicado da pista.
A previsão para o domingo em Monza, contudo, é de tempo bom, com 0% de possibilidade de chuva. A largada está marcada para as 9h da manhã pelo horário de Brasília.
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