O ministro da Fazenda, Fernando Haddad, negou na segunda-feira (30) que as estatais tenham registrado um déficit recorde, em resposta ao levantamento do Banco Central, que apontou um déficit de R$ 6,04 bilhões de janeiro a novembro de 2024 em 13 empresas estatais não dependentes do Tesouro. Haddad explicou que, muitas vezes, investimentos realizados pelas empresas podem ser contabilizados como déficit, o que não representa, de fato, prejuízo.
A ministra da Gestão e Inovação em Serviços Públicos, Esther Dweck, reforçou a posição de Haddad, destacando que a avaliação da saúde financeira das estatais deve ser feita com base na contabilidade empresarial, não na contabilidade pública. Ela explicou que, embora o déficit tenha sido apurado, muitas empresas registraram lucro e pagaram dividendos aos acionistas.
Além disso, algumas estatais, que haviam sido incluídas no Plano Nacional de Desestatização, receberam aportes do Tesouro em anos anteriores, mas enfrentaram restrições de investimentos durante o governo Bolsonaro. Agora, com a remoção das restrições, esses investimentos estão sendo realizados, o que gerou o déficit, mas sem prejuízo financeiro real.
Dweck também admitiu que três estatais, incluindo os Correios, registraram prejuízo. No entanto, ela ressaltou que o governo está atento à saúde financeira das estatais e que, recentemente, o presidente Lula assinou um decreto para discutir a reestruturação dessas empresas.
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